Medo de amar
                                    
Quantas pessoas estão sozinhas neste mundo!Muitas apenas se sentem solitárias, apesar de muita gente ao seu redor.Os sites de relacionamentos aumentam a cada dia, disputando os corações abandonados. Todos querem “alguém especial”, um amor de verdade, um(a) companheiro (a)para toda a vida. Quando descobrem um perfil que julgam ser de quem estão procurando, agem como adolescentes.Entram em contato imediatamente, mandam mensagens sensuais e poéticas, tornam-se um verdadeiro “Dom Juan de Marco” ou uma mulher determinada, num minuto.E num mesmo curto espaço, caem na real e desistem do contato.Aquele ou aquela que pareciam o protótipo do objeto de desejo tão esperado, desaparece na primeira possibilidade de algo concreto. Como entender esse comportamento?Por que tanto medo do real? O que leva tanta gente a buscar as relações virtuais?Muitas considerações podem ser feitas sobre isso, mas podemos nos ater a um ponto apenas: medo da felicidade! O ser humano tem medo de ser feliz.Não dá conta da leveza que a alegria pode proporcionar.Então fica mais fácil idealizar um parceiro, sonhar com o diferente, adiar constantemente os planos de uma vida amorosa plena, na ilusão de que uma escolha mal feita será desastrosa.E homens e mulheres ficam paralisados diante da vida.Murcham com a solidão, com a falta de afeto, com a ausência da carícia diária, dos pequenos detalhes que compõem a simplicidade do viver bem. E em nome de uma ilusão romântica que prega um amor idealizado e , por isso mesmo irreal, fica a humanidade condenada a uma vida sombria, sem graça.

Devemos e podemos aprender a nos conhecer melhor.Devemos lidar com mais tolerância com as nossas imperfeições.Assim, automaticamente, seremos mais tolerantes com os outro e, quem sabe com esse exercício ,não encontramos aquele, aquela por quem esperamos há tanto tempo?De repente pode ser alguém que já está tão próximo de nós e que não enxergamos, pois estávamos perdidos buscando uma estrela num ponto mais longínquo do céu.