Reflexão em noite soteropolitana chuvosa

Existem muitas experiências na vida de todos nós, seres humanos ditos inteligentes. Algumas boas, outras ruins, entretanto tudo no sentido da evolução. Aí é que está um ponto passível de análise mais profunda: Até que ponto devemos deixar experiências prosseguirem em nome de uma melhora crítica racional? Há primeira vista, pode-se responder prontamente que se for uma experiência positiva deve continuar. Ao contrário de uma experiência negativa, que deve ser cortada pela raiz e banida do pensamento e das lembranças. Idéia simplista que apesar de “óbvia” é tão falsa quanto os seios volumosos de muita moça bonita por aí.

O ser humano, em todas as fases de sua existência corpórea, passa por experiências de diversos graus, das mais variadas formas. Essas experiências não param de nos mostrar o quanto a vida social é complexa e o quanto necessitamos de conhecimento (principalmente o auto) para tomar as decisões mais corretas, buscar os caminhos menos sinuosos. Uma aparente “boa possibilidade” pode esconder problemas gravíssimos. Uma aparente “má experiência” pode causar transformações positivas perenes. É assim a vida. É assim a própria natureza humana. Nada é imutável.

Escrevendo estas palavras num sábado á noite (louco para ir beber e aproveitar os detalhes da noite que só os que a enxergam com cumplicidade sabem), imagino as constantes mudanças que venho experimentando. Graças a Deus minha sexualidade continua a mesma: heterosexumachovirilis. Entretanto, mudanças de base ocorreram. Entrei e saí de uma boa faculdade (apesar de só hoje perceber que nunca tive tesão por comunicação social), conheci pessoas maravilhosas, outras nem tanto, vivi momentos sóbrios e muitos momentos bêbado. Amei, fui amado, converti adversários em colegas (que trabalho!) e colegas em adversários (muito mais fácil), senti ciúme, raiva, loucura, despertei raiva, arranquei sorrisos, travei e travo uma guerra contra uma doença de minha mãe (depressão), virei bombeiro militar, estou com uma mulher linda e ainda crio um gato vira-lata.

Aos 26 anos, hoje, não vejo em mim um cara muito mais maduro. E sim um cara que não ignora suas responsabilidades, mas faz questão de tê-las sempre na menor quantidade possível. Dessa forma, mais uma vez, posso falar sobre as nossas experiências vividas. Somos humanos e estas experiências, inevitavelmente vão existir. O fato que importa não é a quantidade dessas experiências e responsabilidades nas nossas vidas. O que realmente importa é se estamos fazendo o possível, numa escala de 100% de entrega pessoal. Vibração positiva a todos!

Luís A G Rocha,

Um boêmio em ebulição.

09/05/2009 - 23h02min

Luís Gusmão
Enviado por Luís Gusmão em 26/05/2009
Código do texto: T1615865
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