Uma lágrima na chuva

UMA LAGRIMA NA CHUVA

A vida é repleta de grandes surpresas, entre elas, você... imaginaria eu, você assim, plácida, bela e irretocável, uma escultural mulher que a pequenez de meus sentimentos não ousara enxergar?

Como fui tão ingênuo, como me desnudei dos mais belos sonhos e pude enveredar em aventuras insólitas, concebendo a perplexidade de notas musicais por quem não conhece as partituras, se, simplesmente eu podia ouvir a melodia dos ventos, sentir o perfume mavioso das flores ao entardecer de um dia de verão, de ver do alto da colina em São José de Ribamar o mar bater forte contra os rochedos, como se me avisasse que o tempo passava e de nos se distanciava a vida...

Já se passara muitos anos, quando nos encontramos da ultima vez, tive desejos, confesso, mais a minha formação familiar recomendava a prudência e o respeito. Fomos passageiros de naus diferentes, mais com o mesmo destino: a desilusão, e as decepções que nos deixaram marcas de sofrimentos indescritíveis...

Hoje eu gostaria de voar tão alto como um falcão, de encurtar as nossas distancias e construir o nosso ninho onde o perigo jamais nos encontrasse, de sentir todos os dias o teu corpo quente e ardente ao meu colado e de teus beijos cálidos eu pudesse provar a cada instante que me resta de vida, de te ter como a minha única, verdadeira e derradeira mulher e de poder fazer amor contigo, sempre e continuamente até exaurirem as nossas forcas e as vertentes da paixão nos levasse até a estrada do infinito amor.

Mais hoje eu estou triste, você há Kms de distancia, eu longe do mar, não ouço as ondas e nem o marulhar dos encantos de nossa praia, o dia amanheceu chovendo, saí, caminhei pelas ruas, sofrendo e pensando em ti como nunca havia com outra mulher, meu coração apressado, a respiração ofegante, dos meus olhos brotaram uma única lágrima a quem eu dei o nome de mulher.