Comentário crítico sobre um texto de Mídia e Política

Em uma sociedade democrática a liberdade de expressão se faz uma condição sine qua non. Mas como podemos observar, essa condição ocasionou a formação de um poder paralelo que controla a opinião pública. A intermediação da comunicação entre as esferas pública e privada deveria se encaixar literalmente entre as duas, e não pender para um dos lados, como acontece em algumas ocasiões. A mídia atual e globalizada é capaz de intervir em dimensões internacionais. O mundo se torna um emaranhado de especulações e passa a ser mais virtual do que real.

Obviamente alguns países são mais vulneráveis que outros em relação ao poder da imprensa. Entretanto, mesmo com as diferenças culturais, o poder midiático é a principal referência na formação de opiniões das pessoas. Oscar Wilde chega a afirmar que a imprensa deixou de ser o quarto poder para ser o único. Portanto, é preciso questionar até que ponto a liberdade de expressão nos faz livre ou nos aprisiona.

É preciso pensar a notícia como além de um produto ou mercadoria. Diferentemente de algo negociável a notícia não deveria ser vendida ou comprada. Ela exige custos para ser divulgada e acessada, mas a mensagem não deveria servir de encomenda, pois se tratam de fatos. Sabemos da natural parcialidade a que o homem está suscetível, porém não seria mais justo evidenciá-la ao invés de torná-la parte do fato?

Cabe à população não se deixar tornar homogênea e demonstrar que existem outras versões das verdades ditas pela imprensa. Uma vez que a mídia começar a perder seu crédito perante a nossa opinião sobre os aspectos sociais das nossas vidas, a comunicação terá que ser reinventada.

PS: Artigo escrito por José Augusto Carvalho Neto (meu filhote). A comunicação, mídia, nesse nosso mundo globalizado deve ser algo voltado para divulgar processos culturais e com intenção informativa, qualquer anúncio não deve ser encarado como verdade nem como mentira. Devemos pois, a partir de uma comunicação procurarmos entender e não simplesmente aceitar o que se lê.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 20/06/2009
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