Comentário sobre a primeira e segunda geração da Ecole dos Annales

Lucien Febvre e Marc Bloch foram os lideres da revolução francesa na historiografia por serem os pioneiros, mas é necessário se reportar a historiografia anterior a eles.

Antes de Febvre e Bloch na Europa aconteceram vários levantes contra a historiografia política, mas isto não conseguiu que ouvesse a implantação da história cultural, por nas universidades e escolas a história cultural ou qualquer outro tipo de história serem abolidas e a única a ser lecionada era a política e a biografia de grandes figuras.

A primeira fase da escola dos Annales se dar com Lucien Febvre e Marc Bloch. Sendo Febvre um historiador que ao contrário dos positivistas buscava a interdisciplinaridade nos seus trabalhos historiográficos. Febvre era considerado uma pessoa altamente combatível ao ser criticado ele sempre teria uma resposta cientificamente para retrucar contra a crítica recebida. Em algumas obras do mesmo se aproximava das idéias marxista, no entanto as idéias dele quanto a luta entre dois grupos se baseavam nas idéias, enquanto Marx pregava que a luta de classe estava baseado no econômico.

Ao contrario de Febvre, Bloch era calmo e sereno, mas se assemelhava a Febvre quanto a maneira de se fazer história. Ele buscava omaximo possível a ver a ligação entre a história e outras ciências sociais. Como a geografia que estava bem presente em seus trabalhos tanto quanto outras ciências como a arqueologia e a paleontologia.

Estrasburgo foi berço para a fundação da Ecole dos annales, em que Bloch e Febvre foram adimitidos para lecionar nessa universidade, em que eles passaram a ser grades amigos durante treze anos, junto com outros cientistas começaram a fazer trabalhos interdisciplinares, envolvendo a psicologia, geografia, arqueologia e outras ciências humanas.

Bloch em suas obras sobre a idade média tem por característica três pontos: a história da longa duração, ou seja, não se limitava a um único momento da história, como por exemplo ao abordar a história medieval, ele o utilizava como um ponto para parti sobre o assunto abordando. Outro aspecto da ahistória abordado por febvre era a comparação entre as sociedades quanto ao mesmo tema.

A ecole dos annales surgi a parti de uma revista publicada em Estraburgo. Sendo Febvre e Bloch os seus editores. Na sua primeira edição a mesma já dispertava um bom número de cientistas pertencentes a outras ciências sociais. Mas, nesta primeira edição ainda é encontrado resquícios do positivismo, alguns escritores se basearam principalmente no econômico e no político, como algumas obras de Bloch foram tachadas de economicistas, porém o mesmo influenciado por idéias sociológicas de Duckhein tendo como idéias principais obras como a discursão da história social medieval utilizando a meta historia, a longa história que tem como base um período para se discuti sobre um tema. E o método comparativo baseado em Duckheim.

A institucionalização dos annales se dar a parti da dispersão dos componentes da revista ao deixarem Estrasburgo para ir lecionar em outras universidade. Essa dispersão pode ser considerada como um reconhecimento das idéias debatidas pelos componentes da revista, passando a se expandir as idéias de história da ecole dos Annales, tendo como um dos elementos a indicação de Febvre para a presidência do comitê organizador enciclopédia François, cuja a ambiciosa aventura interdisciplinar, iniciando se a sua publicação. Contribuindo para o nascimento da história das mentalidades um instrumento a converter os Annales em centro de uma escola historiográfica. Mesmo febvre estando inclinado em dividir o mundo em a favor e contra ele, mas ele conseguiu identificar um grupo de discípulos, que estava o principal herdeiro das idéias da segunda geração da ecole dos annales, Fernando Braudel.

Durante esse período da difusão da ecole dos annales Febvre critica as idéias daquele que tinham na religião uma explicação para os acontecimentos e a tentativa da introdução das idéias como dentro do século XVI só ouvesse um tipo de mulher e homem, sem haver uma dinstinção entre o pensamento de cada classe social.

Mas, com a segunda guerra mundial a consolidação da ecole dos annales como o centro do pensamento histórico, pois Bloch como sendo um dos responsáveis pela mesma se alistou na guerra.

A segunda geração dos annales era representada por Braudel, sendo um filho intelectual de febvre. Braudel tinha nas suas primeiras obras buscava situar os eventos e os indivíduos dentro da história de forma que os mesmo não tivesse tanta importância para a história.

Braudel tem por característica ao trabalhar com um determinado período da história identificar todos os pontos meio em que o homem estava inserido. Configurando uma historia dos eventos e das figuras daquele fato histórico, levado- se o momento histórico, desconfigurando a historia das grandes figuras. Quanto ao enaltecimento do ambiente caracteriza uma geo-historia assim definida pelo mesmo.

Nessa segunda geração dos annales, como na primeira temos a busca por uma interdisciplinaridade, na qual a principal ciência humana utilizada é a geografia. Sendo bastante encontrada no livro o mediterrâneo de Braudel, que ele tentava descrever no meio em que estava inserido o evento oui figura histórica.

Após a morte de Febvre, Braudel foi o seu sucessor na direção da revista ecole dos Annales, servindo como um motivo para Mandrou se demitir do cargo de secretário executivo da revista, por almejar o mesmo cargo. Ao assumir a revista Braudel recrutou alguns jovens historiadores como Le Goff, Emanoel Roy, Marc Ferro, tendo por objetivo renovar a Ecole dos Annales. E manter um contato direto com a historia e as ciências vizinhas.

Na segunda geração temos o interesse pela historia econômica, tendo a busca pelas idéias de Marx através de Labrousse, utilizando métodos e teorias de economistas como Juglar e Koendrattieff tendo como principal objetivo à busca pelo ciclo econômico. Sendo denominado esse período da historia dos Annales, de quantitativa por buscar a história dos preços através de um levantamento de preços e a historia demografica de maneira a introduzi- la na historia cultural. A esse período dos annales por buscar nas ciências vizinhas elementos para desenvolver as suas pesquisas historiográfica, sendo desenvolvido uma importância a historia regional e serial.

A história demogrfica deu se pela explosão populacional mundial. Dessa forma buscava a união entre a historia e a geografia por a demografia ser um elemento da geografia, assim a historia tinha que buscar na geografia caminhos para o desenvolvimento da história demográfica.

A importância da historia regional e serial por Goubert se reporta a demografia de certas vilas da região de Beauvais, embora seja fecunda está longe dele alcançar a história total. Sendo estas teses voltadas para o regionalismo, restringindo a historia econômica e social, com introduções geográficas do modelo de Braudel. Tendo esses trabalhos regionais o objetivo o inicio da época Moderna.

As monografias ao modelo regionais dos Annales, faziam um uso abundante de outras ciências sociais para estudar a distribuição da propriedade, da produtividade agrícola e outros elementos.

Portanto asengunda geração da ecole dos Annales é um período que tem a busca palas ciências vizinhas da historia, principalmente a geografia para estruturar seus elementos historiográficos como a quantitativa que se baseia diretamente em uma pesquisa de preços, na demografia e em obras voltadas para o regionalismo, ou seja, a busca por trabalhos voltados para uma determinada região.

Referência Bibliográfica: Burker, Peter . A escola dos Annales(1929-1989): a revolução francesa da historiografia/ Peter Burker; tradução Nilo Odalia. São Paulo: Fundação editora da UNESP, 1997.

Salvio Garcia Santos
Enviado por Salvio Garcia Santos em 31/05/2006
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