OS CRIMES DE NOSSAS FAMÍLIAS...

Estas minhas palavras reportam sobre o cotidiano das pessoas, sobre a sombra daquilo que sabemos existir, daquilo que nos cerca sob o espectro do medo.
Me deparei hoje com uma notícia no jornal sobre um habitante de nossa cidade, preso por assalto a mão armada, perseguido por 30 km, em cima de uma moto, e pasmem com seu filho na garupa, cercado baleado e preso, um item que causa-nos susto: O filho que estava na garupa da moto, estava com uma arma de grosso calibre e trocava tiros com os policiais.
Este é um fato apenas para ilustrar, o meu pensamento exposto aqui.
Chegamos as vezes a pensar, o que vale ser honesto, o que vale a felicidade fugaz, se esta sombra que
toma várias formas acompanha nosso caminhar?
Blindar-nos em pequenas cidadelas, e aí nos sentirmos seguros? Não, a pseudosegurança pública não tem como erguer barreiras para que o crime não chegue a nossos muros.
A falida sociedade moderna brasileira, não pode contar que armando suas forças de segurança, possa controlar
a feição horrenda da morte que a todos assalta. Pois que além de infinitamente superior, as armas do bandidos,
a criminalidade as vezes se reveste, de um pobre menino maltrapilho que assalta, para roubar 5 reais para
sustentar seu vício, e ao fazer isso, segue também a cartilha do crime, escrito num dialeto muito antigo que diz: Roubar, se for preciso sem pena, matar.
O que dizer, quando voce faz parte de uma sociedade que tem um mapa definido e quando voce olha este, lá está voce e sua família inseridos no meio.
A angustia e o medo, que embora nos queiram remeter a antigos anos em que a paz subjugava a guerra, sucumbe ante a mão sinistra e gigantesca que mais cedo ou mais tarde, pairara sua sombra sobre nós.
Bem sabemos da irreversibilidade de certos atos, uma bala perdida, meninos assaltantes sob o efeito de psicotropicos,
o mal irreversivelmente instalado na alma humana, e que penso somente a extinção física em certos casos é capaz, de extinguir o mal renitente.
Não, não sou a favor da pena de morte, mesmo porque compreendo que a morte física seja uma libertação, ja que entendo que Deus que a todos quer bem, encaminhará o espirito inferior pelos caminhos, que o conduzirá a qualidade de espirito superior um dia.
Ainda dizendo sobre a falha e frágil justiça brasileira, não gostaria de conjecturar sobre o que ela é capaz de fazer pelo cidadão, porque cada vez mais, o convencimento que toma forma me levará a conclusão de que, como um doente terminal, um dia a morte nos afetará.
Talvez não mostre toda a sua capacidade destrutiva, o crime, que nos é vizinho, mas irá além, com certeza, dos medos e angustias que ora vivemos.
Muitas vezes pensamos em passagens bíblicas, como o dilúvio que purificou o mundo, a extinção de Sodoma e Gomorra e é utopia pensar que se existiu um dia,
novamente terá Deus sua mão salvadora sobre a terra, apesar da fé.
Mesmo porque no mapa em que nos encontramos, os pontos negros, não revestem um todo, fazem parte de pedaços de várias partes.
A maioria dos desvios de conduta, não são gerados em famílias desagregadas, muito pelo contrário, e é exatamente por isso que nossos olhos jamais saberão onde está o espirito aventureiro pelo ganho fácil,
pelo furto, pelo roubo, e quando estes associados ao tráfico e uso de drogas, terá sido mais letal, e os propóstos, para confinamento de nossas famílias em altos muros, terá sido mera atitude sem valor.
Durante as noites de nossas vidas, a felicidade não nos deixa ver, que durante a noite todos os gatos são pardos, e que jamais os veremos se não com os olhos críticos
da sobrevivencia.
Não tenho conhecimento dos direitos humanos no mundo e tampouco no Brasil, mas a sempre que perguntar: Que crime cometeram nossas famílias?
Que resumo o grande Deus faria hoje da sua obra?

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 04/07/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1681930
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