Música Popular X Música de Qualidade

Um assunto delicado e preocupante para alguns, já outros nem sabem da sua existência ou nunca pensaram a respeito. A única coisa certa, é que há uma diferença mesmo que pareça pequena. Vamos começar com algumas definições básicas. Música Popular: Se tem por música popular não um estilo, mas sim um mercado (injusto na maioria das vezes). Músicas que tocam em rádios e programas de TV são bem vistas pela sociedade, tendo assim a mídia um grande poder de decidir ou que é bom ou não aos olhos do povo. Assim como a notícia, hoje em dia a música também vem mastigada. Música de Qualidade: Se tem por música de qualidade, a música capaz de expressar sentimentos, juntados a uma fórmula básica de ritmo, melodia e harmônia. Voltando a polêmica... Hoje em dia, se ouve e diz muito sobre: "hits", sucesso, disco de ouro, etc. O que não é bom. Muitos artistas conseguiram tal fato sem sequer serem bons, bastou um "marketing" apurado. É só refletir sobre alguns artistas... O que acontece é que a música tornou-se um produto de valor em um grande mercado onde tudo pode, principalmente fazer músicas para agradar a mídia e população, e em consequência ganhar dinheiro fácil. Não digo que décadas atrás não existisse esse tal mercado, mas hoje em dia ele é maior, desqualificado e desleal, e o número aumenta ano a ano. Uma curiosidade importante sobre a música dos nossos dias atuais, é que pesquisadores comprovam com números assustadores que a música vem se tornando cada vez “menos humana”. Na era pré-histórica a música era feita até 90% de sons humanos (palmas, vozes, etc.) Apartir da Idade Média a música passou a ser bastante instrumental, 52% dos sons eram instrumentais (Piano, violao, percussao, etc). Enquanto os sons humanos chegavam a 48%. Hoje em dia, (Era Contemporânea) a música chega a 63% de sons eletrônicos (computadores, sintetizadores, etc.) E apenas 22% instrumental e míseros 15% de sons humanos. Isso mostra uma regressão musical muito grande, partindo, é claro, do príncipio que sons eletrônicos e mecânicos não possam passar um sentimento claro já que o som é feito por meio de um "software". O fato é que a música pode ser feita independente de eletricidade, e alguns estilos não se encaixam muito nesse conceito básico. Outra verdade, é que o mercado visual vem acabando com a música de uma forma geral. A importância maior passou a ser a aparência, basta ligar a TV em muitos canais, o que mais verás são pessoas belas e músicas muito parecidas com as que já existem no mercado. Certa vez Frank Zappa, (Grande compositor e guitarrista) disse: “Existe mais canções de amor do que qualquer outro tipo. Se as canções influenciassem as pessoas, amariamos uns aos outros”. As canções de amor no Brasil ultimamente ultrapassam limites... O assunto já se tornou tão comum entre as bandas do Brasil que o povo nem se sensabiliza mais, simplesmente ouve. Enquanto décadas atrás Gil, Caetano e Buarque fizeram muito por este país cantando músicas de protesto. O governo atual continua gastando milhões em coisas das quais o povo procura mas, não encontra, e o que a nossa música atual diz? Nada. Mas isto é outra coisa também. Procure avaliar o que você escuta, música é uma coisa muito seria, nada de: "Ah Wilson vai". A música pode nos alertar sobre muitas coisas, pode nos fazer amar, odiar, sofrer, chorar... Você pode gostar de músicas alegres, tristes, de protesto, para dançar, para rir, para lembrar e para amar... Mas, você deve gostar e avaliar o conteúdo dessa música. Nunca deixe alguém escolher ou dizer o que você deve escutar. Procure, leia e pesquise! O melhor nem sempre está na capa da revista, às vezes nem está na revista.

Alex Sandro M Spindler
Enviado por Alex Sandro M Spindler em 06/07/2009
Reeditado em 17/02/2011
Código do texto: T1684434
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.