“DÚVIDAS ??? - DA ECONOMIA MUNDIAL”

“DÚVIDAS ??? - DA ECONOMIA MUNDIAL”

Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo

Muitas dúvidas pairam sobre a economia, entre elas, como será a recuperação da Europa com o aumento do nível de desemprego e problemas de ordens conjunturais no Leste Europeu?

Como fica o grau de confiança do investidor internacional nos EUA, frente à enxurrada de quebras de bancos em sua economia, sabendo-se que apenas depósitos de até U$S 250 mil e alguns poucos ativos são garantidos pelos associados ao FDIC?

Desestruturação política e financeira em vários países da América Latina, dentre eles Honduras, Argentina e outros?

Queda acentuada das exportações, perda do poder de paridade de compra da moeda global, o dólar.

Desavenças políticas com Irã, Afeganistão, Coréia do Norte e em outros países com seus vizinhos, como o governo de Barack Obama enfrentará estas divergências, além das já existentes no Oriente Médio e no continente Africano?

O protecionismo, que a proteção nacional de seu mercado, surge em vários pontos do planeta.

Investimentos em meio ambiente, que podem gerar alternativas de emprego, parecem mais distantes.

Ajudas humanitárias e auxílio a órgãos sociais estão sendo afetados pela falta de recursos. Com a diminuição da margem de lucros das empresas motivadas pela crise internacional houve uma diminuição nos repasses, prejudicando pessoas e comunidades em todos os países do mundo. Esta é a herança deixada por George Walker Bush.

O Brasil e a China estão em um rumo diferente em comparação há economia global, porém, são dependentes desta, portanto, mesmo com possibilidade de crescimento projetado para este e no próximo ano, faz-se necessário atenção ao comportamento das bolsas de valores, visto que, enquanto os países emergentes recebem uma injeção de capital, outros estão com fuga de capitais.

Outro ponto a ser verificado é a sustentação do desenvolvimento da economia brasileira, em virtude da valorização do real, que será um processo natural, com o aumento das reservas petrolíferas e como o empresariado brasileiro poderá enfrentar a concorrência internacional com a queda do dólar, prejudicando o equilíbrio da produtividade nacional, com possibilidade de invasão dos importados, podendo comprometer o nível de emprego no país. Existe uma solução para isto, que é a queda da carga tributária, na ordem de 10% do PIB, atualmente ele está em torno de 35% do PIB, mas isto dependeria de mudança estrutural de toda política nacional, será que os políticos desejam gastar menos? Aprenderão a gerenciar melhor o dinheiro público ou simplesmente farão de conta que não é com eles?

Gosto sempre de escrever fatos positivos, mas sempre fui muito realista sobre a situação, sei que estamos crescendo, mas até quando, o Real foi um presente para os brasileiros porque conseguiu domar a inflação, bem como considero que nos últimos dois anos a equipe econômica trabalhou de forma correta, mas agora precisamos de reestruturação na política tributária, do qual, compete aos políticos e não aos economistas ou gestores públicos a ousadia de realizar, será que estão preparados? Quem defenderá esta bandeira? O Brasil precisa concentrar nesta questão para sair beneficiado da crise, que pode ser uma oportunidade de desenvolvimento sustentável frente ao contexto global. Apesar das dúvidas, devemos nos concentrar em nossa realidade e fazer o melhor para nossa vida e nosso país.

welinton.economista@gmail.com