PROFECIAS MESSIÂNICAS - Texto IV - HERODES

PALAVRAS DE VIDA

Pr. Serafim Isidoro.

PROFESSIAS MESSIÂNICAS -Texto IV

"Pranto e grande lamento; Raquel chorando por seus filhos..." - Jr. 31.15.

Herodes era idumeu, portanto, natural da Iduméia, região sudoeste do Mar de Sal - Gn. 36.9 - Is. 34.5-6. Terra montanhosa entre o Mar Morto e o golfo de Acaba, estabelecendo a chamada Arábia Petra. A cidade principal era Cela, também denominada Petra. Povo descendente de Esaú, que é Edon - Gn. 6.1, eram Semitas. Foram vencidos pelos reis: Davi, II Sm. 8.14 e Amazias, II Cn. 25.11-12, e derrotados finalmente pelos Assírios. Desapareceram da história, conforme o vaticínio de Is. 34.8-9.

No chamado Período Inter-biblico destacou-se na nação Israel uma dinastia denominada Hasmoneana, não relatada nas Bíblias de edições evangélicas, já que tal história é colocada em livros considerados apócrifos. A dinastia Hasmoneana (ou Asmonéia) desemboca em Herodes, idumeu judaizado, imposto como rei de Israel pelo império romano. Foi no último (ou no penúltimo) ano do seu reinado que Jesus nasceu - Mt. 2.11 - Lc. 1.15. Herodes idumeu foi político sagaz, intrometendo-se entre os legitimamente judeus, a começar pelo seu casamento com Mariame, descendente dos Hasmoneus, neta de Aristóbulo. Foi Herodes assim introduzido à família hasmonéia e ao judaísmo. Envolvido também nos meios políticos de Roma, Herodes finalmente, por iniciativa de Marco Antonio e de Otaviano, conseguiu sua nomeação como rei de Israel, no ano 40 aC.

Com aprovação e cobertura dos romanos tomou posse de um reinado israelita, cujos territórios eram Iduméia, Peréia, Galiléia, e algumas vias da planície de Jezreel, rota comercial estratégica entre o oriente e o ocidente. No império romano, a posição de Herodes era de rei-aliado. Seus filhos foram educados em Roma. Um dos seus grandes feitos foi a restauração e a ampliação do templo em Jerusalém, com trabalhos iniciados em 20 aC. e terminados somente em 46 dC.

Apesar de tudo, Herodes foi derradeira personalidade enérgica a ocupar o trono judaico, na última fase áurea da história de Israel. Cognominado "Herodes, o Grande", faleceu em Jericó, após longa enfermidade, no ano quatro dC. Foi sepultado no Herodion. Teve quatro esposas e deixou alguns filhos. Sua fúria em ordenar a matança das crianças masculinas da idade de três anos e para baixo foi mais um dos seus crimes, como também a execução de sua esposa Mariame; de sua sogra Alexandra; de seus dois próprios filhos; do sumo-sacerdote Hircão de oitenta anos de idade, avô de Mariame; e de Antípater, este executado por um tribunal romano, por indicação do rei Herodes.

O infanticídio vaticinado por Jeremias (31.15) aconteceu como coroamento do reinado de mortes daquele ambicioso líder. O alvo real era Jesus, o Emanuel, o Messias prometido que deveria ser (e será) o rei de Israel. Era então necessário a Herodes, afastar mais um inimigo, mais um concorrente ao reinado. Deve ter raciocinado que se assim não procedesse, talvez dali a uns treze, quinze ou vinte anos, perderia tal trono.

O que acontece na realidade dos fatos, é que a ambição dos déspotas, às vezes, os leva a combater o próprio Deus. A corrupção política, a má administração, trará inevitavelmente um juízo maior. O que é elevado injusta e opulentamente perante os homens será colocado em julgamento perante a divindade. O orgulho humano ofende a soberania divina. Tudo isto terá arrazoamento no terrível dia que a Bíblia denomina: O Dia do Senhor; O Grande e Terrível Dia do Senhor; O Dia do Juízo Final, no qual o Juiz e Rei será Jesus.

Só Jesus.

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