Em nome do pai

Dia dos pais.Mais uma data com apelo fortemente comercial.Durante a semana, os shoppings aumentaram suas vendas, o comércio popular então ficou ainda mais movimentado.As propagandas sempre muito criativas,mostram famílias felizes,pais e filhos numa linda harmonia.E aí até os incautos, os esquecidos, os mais durões acabam comprando um presentinho de última hora ou programam um almoço com o paizão.Mas, fora da data comercial, a quantas anda o seu amor filial? Como é na verdade o seu relacionamento com o seu pai?Ou como era, uma vez que muitos, como eu, são órfãos dessa figura indubitavelmente importante na vida de cada um.E vale ressaltar essa importância em função da presença ou da ausência.Quem tem motivos para se regozijar em relação ao seu genitor, sente orgulho e levará vida afora o aprendizado que recebeu enquanto pôde privar da companhia do mesmo. Por outro lado, quem não teve esse privilégio, ou teve uma figura que não exerceu a paternidde de fato, que apenas maltratou, por certo carregará as marcas, ou o peso deixado pelo ausência do amor paterno.Fato é que o pai é sinônimo de muitas coisas, entre elas , pai é o que dá o norte, é o provedor, é o que diz não, é o limite, é a mão que conduz para o caminho certo, é o porto seguro, enfim.
O mundo anda carecido de autoridade.Como educadora vejo isso nitidamente no comportamento cada vez mais agressivo e inconsequente dos alunos.A permissividade tomou conta da gurizada e as famílias com suas mais variadas organizações já não sabem mais como lidar com seus filhos.Sempre que chamo um responsável para conversar, percebo o quanto a ausência do pai está ligada à falta de pulso com que o (a) garoto(a) foi criado(a).Em muitas situações , percebi no desrespeito do(a) aluno(a) um pedido de socorro: Alguém me ponha limites, por favor! Já não suporto mais essa liberdade toda!
Mas, no geral, esses jovens só tem a mãe, figura indispensável, claro, síntese do mais puro e abnegado amor,que nunca deixa o barco à deriva ou é sempre a última a abandoná-lo, mas que não basta para a formação de uma pessoa.Não dá para prescindir da figura do pai.E em tempos de modernidades de todo tipo, onde a produção independente vem crescendo assustadoramente, onde as parcerias afetivas andam em baixa e as pessoas vem se isolando cada vez mais, é bom ficar atento.Ainda não inventaram nada mais saudável do que PAI e MÃE juntos, amorosos e investidores no que tem de mais valioso: a sua prole.E se a vida leva cada um dos cônjuges para caminhos diferentes, os filhos não podem pagar pelo preço da omissão.A relação pais e filhos é definitiva e deve ser aprimorada a cada dia.
O mundo precisa de MÃE, mas ultimamente anda ainda mais carente do PAI que é a autoridade necessária , construtora do NÃO, tão ausente nos dias atuais.
Parabéns a todos os pais que exercem condignamente tão maravilhoso papel.