Será que é hora do Brasil parar?

Em época de Copa do Mundo, inevitável não questionar:

Um país que necessita desenvolver-se, crescer, criar empregos para que seus cidadãos tenham uma vida digna, deve parar?

Um país onde a fanfarronice com o dinheiro público e a falta de ética de seus mandatários assume elevados níveis, deve anestesiar-se dessa forma?

Uma nação cuja grande parte de seus filhos é privada de necessidades básicas e fundamentais, não poderia também se mobilizar para um intento mais duradouro e que repercutirá positivamente na vida de inúmeras pessoas?

Por exemplo, mobilizar-se por uma melhor educação, por melhor atendimento na saúde, por melhor qualidade no serviço público...

Até quando precisaremos eleger heróis para nos orgulharmos?

Até quando aceitaremos passivamente nossas precárias condições?

Até quando nos orgulharemos do famoso jeitinho brasileiro que costuma tirar vantagem ilicitamente das situações?

Será que se nos dispusermos todos, ou a maioria, a pensar como verdadeira família brasileira, onde prevalece o interesse da coletividade, nosso país será melhor para se viver?

Dia desses, assisti na televisão o drama de inúmeras mães que esperavam por horas a fio para que seus filhos fossem atendidos no hospital infantil de Bauru, o estabelecimento contava apenas com um pediatra, e as mães angustiavam-se ao ver a dor de seus filhos e nada poderem fazer efetivamente.

Fiquei a refletir:

Será que se a metade da população bauruense se solidarizasse com a situação dessas mães na mesma proporção que se irmanam ante o escrete canarinho, elas estariam desesperadas dessa forma?

Amigo leitor, como pode ver, não são acusações, criticas, mas sim perguntas para que reflitamos.

A Copa do Mundo, embora bela festa, gostosa de assistir, dura apenas 1 mês, já nossa vida, essa continua.

Nossos problemas? Esses estão bem vivos.

O Congresso Nacional ainda está lá...

Anestesiar-se? Iludir-se? Para quê?

Após o magno certame, com ou sem hexacampeonato, teremos que posseguir...

Wellington Balbo
Enviado por Wellington Balbo em 22/06/2006
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