UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL, uma nova oportunidade.

Sancionada, parece que ontem (15/09/09), a lei que cria mais essa nova Universidade. Como é moda atualmente, uma universidade multi-campi. O Ministério da Educação espera atingir mais 10 mil alunos, dando-lhes uma oportunidade de completar o 3° grau. Afinal, a nova instituição cobrirá uma área geográfica composta por 396 municípios. Terá campi em 5 deles. Louvável.

Esperamos que alguns cuidados tenham sido tomados. Em primeiro lugar, é necessária uma administração com vivência administrativa. Que conheça o "caminho da pedras" e não tenha que reinventar a roda a cada passo. Como a Universidade de Integração Latino Americana, Unila, que tem como reitor o prof. Helgio Trindade, ex-Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, URGS.

Em segundo lugar, um correto "mix" de cursos oferecidos. Isso quer dizer uma preocupação básica com a "intercambiabilidade" dos docentes. Isto é, que o corpo básico de docentes atenda a outras alternativas de cursos. Note-se que em qualquer município de médio ou pequeno porte, um curso, seja ele qual for, torna-se rapidamente "obsoleto", visto ter atingido a demanda regional. Claro que todos trazem em seu bojo a esperança de ser "centros de referência", atraindo alunos de outras regiões. Nós, administradores, sabemos que o sucesso da noite para o dia leva uns vinte anos para ocorrer!

Isso quer dizer que, a cada período de tempo - e não muito longo - os cursos terão que se reinventar. Mudar totalmente. Para quem acha que isso não é possível, pedimos que resgatem a memória daquelas "meninas" maravilhosas da Faculdade de Ciência Domésticas, FCD, da Universidade Federal de Pelotas. Metastaticamente, dessa faculdade saíram cursos de Enfermagem, Nutrição, Engenharia de Alimentos, entre outros. Ao fim e ao cabo, imoladas no fogo da alta administração da universidade, renasceram com cursos de Administração (avaliado, já na primeira turma, com conceito B pelo MEC) e Turismo.

Também é importante que se definam as linhas de extensão e pesquisa que os cursos irão focar. Assim, já na seleção de docentes, as regras estão posta à mesa. Quem se candidatar, servidor docente ou servidor técnico-administrativo em educação, já saberá onde está entrando. E o que se espera deles. É uma forma de já se selecionar pessoal realmente comprometido evitando, dessa forma, os futuros servidores que fazem concurso ali mas não querem estar ali.

São apenas sugestões, nada modestas, de quem já viu esses erros e acertos acontecerem.