A ARTE DE ESCREVER

No dia 25 de julho, comemora-se o dia do escritor. São eles que, de uma forma ou de outra, transmitem suas idéias e mensagens nas mais variadas formas de criação literária, seja em livros, em revistas, ou em jornais. Ora realidade, ora ficção sua infinita inspiração articula um mecanismo mágico desse universo de palavras, que tão profundamente alimenta nosso conhecimento cultural e intelectual. Particularmente, sinto cócegas nos dedos pela vontade de escrever, não por querer ser um escritor famoso, mas porque tenho necessidade de cuidar do meu interior e das minhas emoções, constituindo-se numa bela terapia. Quando escrevo, fico ligado intimamente com os meus sentimentos que fluem numa sensação de liberdade, no sentido claro de que a escrita me  libertará de algum infortúnio, estimulando-me a ter coragem neste mundo vivo das palavras. Costumo falar para as pessoas do meu círculo de amizade: “Escrever é fácil, começa com a letra maiúscula e termina com o ponto final; no meio coloca-se as idéias.” Vejo, por outro lado, os pensamentos surgirem das palavras, assim, falamos mentalmente. E, nada melhor do que o papeis, uma caneta ou um lápis, como instrumento afiado e temperado, para fazer jorrar nossas idéias alojadas em nosso subconsciente. O senhor ou a senhora que está lendo este texto, começa agora a dar asas a sua imaginação. E, desenvolver o hábito de escrever, seja o que for (poesias, contos, crônicas ou romances) verá um manancial emoldurado de sonhos florescer neste laboratório que temos em mãos, sem sabermos usar: pérola fina e preciosa que é a nossa mente. Acenda a faísca desta pólvora e verá a mina do vulcão de sabedoria verter desses turbilhões de palavras existentes em nosso idioma, e, compreenderá o pensamento vivo do seu intelecto e da importância do seu ser. Por outro lado, a arte de escrever faz bem, Ilumina e liberta nossa imaginação no desenvolvimento das nossas emoções, forma clara de estarmos vigilantes e na razão maior de nunca nos sentirmos solitários no ato nobre e simples de manifestarmos nossos pensamentos. O filósofo francês Molière escreveu: “Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também, pelo que deixamos de fazer.” Nesta roda  viva de palavras,  sinta a vibração  e o entusiasmo desse fantástico mundo à tua frente, e colherá sensações agradáveis de  liberdade, desfrutando do remédio que fortifica e refrigera a alma  na  simples  arte de escrever.



.Esse artigo foi publicado nos seguintes jornais:

Jornal do Comércio - POA - RS 22-07-2000
Jornal O Atlântico - Itapema - Sc - 24-07-2000
Jornal Correio de Eldorado - Eldorado do Sul - RS 18-07-2001
Jornal Correio de Noticias - Eldorado do Sul - RS 20-07-2002
Jornal Folha Guaibense - Guaíba - RS - 18-07-2004