E a CPMI do esporte olímpico, como fica?

O Rio de Janeiro ganhou! Viva o Rio!

O País inteiro ficou emocionado com o resultado.

Até a fama de pé frio de Pelé parece ter sido superada. É possível que, depois dessa, ele deixe de ser o famoso "seca pimenteira" que marcou a sua trajetória pós reinado dentro de campo.

Foi também a vitória de Lula sobre Obama. O cara é o cara.

Mas, antes de começar a torrar o orçamento do projeto olímpico de 2016, a grande pergunta é: como ficará a CPMI do esporte olímpico, estrategicamente varrida para debaixo do tapete nesse período de candidatura?

Ela foi pedida desde o final do ano passado, de autoria do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).

Havia 194 assinaturas de deputados e 33 de senadores. Por pressão do governador Sérgio Cabral, alguns parlamentares recuaram, entre eles Francisco Dornelles (PP-RJ), Neuto de Conto (PMDB-SC), Mão Santa (PSC-PI), Valdir Raupp (PMDB-RO), e José Maranhão (PMDB-PB , hoje governador da Paraíba).

O articulador desse movimento foi o advogado Alberto Murray, neto de Sylvio de Magalhães Padilha, o fundador do Comitê Olímpico Brasileiro, um implacável inimigo do atual presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

No seu blog (http://albertomurray.wordpress.com/), Murray escreveu minutos após a vitória do Rio: "A luta pela fiscalização está só começando. Que se crie, amanhã, um Website apenas para tornar públicos os gastos olímpicos, a começar da campanha".

Por mais que o momento possa parecer inoportuno para tratar desse assunto, talvez seja interessante esclarecer, por exemplo, os exageros cometidos no Pan-2007. E controlar direitinho a utilização dos US$ 14 bilhões previstos para 2016.

Marcondes Brito
Enviado por Marcondes Brito em 02/10/2009
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