O PERIGO DA GREVE

É dificil voce comentar que direitos adquiridos de uns prejudiquem outros.
Nós leigos, sempre veremos o nosso lado como o prejudicado, e aguardamos que o julgamento por quem de direito, parcial ou total nos dêem o mérito, ou o dêem a outro lado, mas que termine a contenda, prejudicial para os dois lados.
Pois bem, a greve bancária, como outras greves, são garantidas pela constituição, mas há uma certa má vontade por parte dos  magistrados em julgar estas greves, pérolas que a democracia nos trouxe, que esconde motivações políticas, porque senão vejamos:
Os funcionários da Caixa Federal, pedem 10% de aumento, acenam a eles com 6.5%, ora, se usado o bom senso de ambos os lados, claro que teria fim a greve, mas politicamente para os chefes de sindicatos não é interessante tal acordo.
Está no rol das coisas envolvidas na greve, aquele que precisa do banco?
Não, que se lixem os outros pensam os bancários, que nem por telefone dão informações aos clientes.
É autoritário exigir o fim da greve? Seria, se a covardia do autoritarismo não partisse primeiro de bandos manipulados por políticos, que plantam-se nas portas dos bancos, prejudicando o cidadão, que muitas vezes e com certa razão, sente saudade dos anos de chumbo da ditadura.
Esqueceram o bom senso, com a liberdade na mão, maltratam o trabalhador que não é bancário para nesta retaliação injusta, mostrar ao patrão que tem um pequeno poder e podem mostrá-lo, não se importando que seu semelhante seja prejudicado.
Na minha humilde opinião bancos são serviços essenciais sim, e deveriam ao menos colocar um desses
pseudopoderosos, para atender um misero telefone pra dar informação, e não esconder-se atrás
de uma flâmula dizendo : "Estamos em Greve", uma covardia absurda.
Ora, o corpo de bombeiro, o pessoal da saúde, os policiais, raramente usam este direito de greve, e se o usam, deixa parte do seu pessoal trabalhando para dar assistencia aos que precisam.
Ninguém quer em sã consciência a volta da ditadura que varreu os direitos no Brasil por muitos anos, mas o fundamental de saber quais os seus direitos, é saber onde eles começam e onde terminam, para que o outro cidadão como nós, possa exercitar os seus.
Pequenas coisas como estas que abalam as frágeis democracias.
Já é sabido que isso não é dissidio, é muito mais um cabo de guerra, com recheios de arrogância, retaliações e em certos momentos sentimos a vontade de alguns de sentir o cheiro de gás, e o barulho de coturnos.
Para encerrar a reflexão, eu digo que quando um grupo se insurge contra outro num país democrático, esta velada reação, tem algumas direções, e se foi precedido de covardia o ato que levou a contenda, começam a pairar no ar, lembranças de autoritarismo, que ninguem quer para si e seus filhos.
Embora o cheiro de pólvora resolva muitas vezes uma questão, o bom senso, tem o perfume da paz, e é sempre melhor o colorido da flor, do que o vermelho da discórdia.


xx eas xx

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 06/10/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1851098
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