Faltando um pedaço

Engraçado ver que no período da ditadura, na qual as pessoas não tinham nenhum direito de expressão (principalmente diante do AI-5), as pessoas iam ás ruas, se manifestavam, mesmo que fossem presas, exiladas e torturadas.

E hoje?

Temos o total direito de nos manifestar, de mostrar quem somos e o que queremos. Mas aí vem a questão: Há quanto tempo que não se vê um motim, em que pessoas lutam por seus direitos? Não que eu seja a favor do anarquismo, do vandalismo, mas quem disse que em uma revolução tem que existir derramamento de sangue?

A partir do momento em que o povo perceber que, assim como na revolução francesa, são eles que sustentam os políticos em suas viagens de uso familiar; que são eles que também pagam a gasolina, os paletós, acho que a situação iria mudar. Afinal, os eleitos estão extraviando o conceito e a prática da sua função. Um exemplo: Peça a eles pra reduzir seus salários (dos políticos – ô pronome ambíguo!), pra que aumente, nem que seja um real pras classes D e E. Talvez aleguem que não vai faz diferença para essas classes, mas pergunte as crianças dessas classes há quanto tempo não chupam uma bala?

É essa a questão, uns mil reais que reduzem aqui, faz uma mudança enorme ali. E eles continuam induzindo o povo a continuar ser "alienado". Dando o peixe, mas evitando os a ensinar a pescar, pois sabem que estão agindo errado; E com a melhora da educação, eles não seriam mais "reeleitos", viu Collor! Assim como Goethe diz: “Ler é a arte de desfazer nós cegos”.

Dá uma olhada na França, se acontecer algum fato em que a população não aprove. Eles saem quebrando tudo! E aqui? A gente conta com o esquecimento. Finge que não é com a gente. A gente é o povo, mas diante dessa situação o povo são eles, e não eu. Dá vontade de construir um castelo ás vezes... Mas eu, pobre mortal, se roubar um pote de margarida na venda da esquina pra dar pro meu filho comer com o pão seco que me oferecem, eu sou presa, e fico anos mofando lá. E eles? Constroem castelos; Dizem que esqueceu do nome do ministro do ministério da apicultura quando são perguntados (C.Q.C). Somos o que dá pra fazer? Dá pra fazer muito, mas cadê a ação? É isso que nos falta!

“A vida seria sem-graça se gente que diz: ‘É impossível’ a governasse”.

Melissa de Andrade
Enviado por Melissa de Andrade em 11/10/2009
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