( VII ) - A LIDERANÇA PAULINA

PALAVRAS DE VIDA

Pr. Serafim Isidoro.

LIDERANÇA CRISTÃ

(VII – A LIDERANÇA PAULINA)

A Igreja em Jerusalém, nos dias apostólicos, não se separara definitivamente das práticas do judaísmo. Assistiam, quando possível, ao templo – At. 3.1. Observavam festas judaicas: “E bem vês, Saulo irmão, quantos judeus se têm convertido e todos eles são zelosos da Lei...” – At. 21.20. – “Ouviram que andas ensinando a alguns a se apostatarem de Moisés...” – At. 21.21. – Estabeleceram-se, então, dois centros do cristianismo: Jerusalém e Antioquia, onde lideravam: em Jerusalém Pedro, Tiago e João; em Antioquia: Saulo, chamado Paulo e Barnabé.

Paulo tem liderança: a) Específica, sabendo de Quem a recebeu – I Co. 1.1. Não é liderança monárquica, mas sim exemplificativa, onde o líder segue na frente do rebanho. É o seu exemplo – I Pd. 5.3. – b) Renunciatória – “Não sei o que é melhor: partir a estar com Cristo, ou...” – Fp. 1.21-24. – c) Cooperativa – “De Deus somos cooperadores; lavoura de Deus sois vós” – I Co. 3.9. – Participativa – “Separai-me a Paulo e a Barnabé, para a obra a que os tenho chamado..” – At. 13.2.

Observa-se, na liderança cristã paulina, que o governo da Igreja é confiado cinquenta por cento ao líder, chamado e credenciado por Deus. Cinco foram os ministérios estabelecidos pelo Senhor: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores, e mestres, com vista ao aperfeiçoamento dos santos...”- Ef. 4.11.

Assim sendo, o líder cristão é um dispenseiro: dos mistérios de Deus – I Co. 4.1 – da casa de Deus – Tt. 1.7 – da graça de Deus – I Pd. 4.10 – canal das bênçãos de Deus aos homens. Neste sentido, Deus tem angelos – mensageiros; e apostolos – enviados. Ambos são o departamento de comunicação entre a terra e o céu.

“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como assistentes – yperêtas – de Cristo e administradores – oikonomous – dos mistérios de Deus. Ora, o que se requer dos administradores é que cada um deles seja encontrado fiél” – I Co. 4.1.

O modelo de liderança da Nova Aliança difere de todos os demais, já que seus apectos são espirituais e visam bens eternos. Na Velha Aliança, em contra-partida, tais bens são terrestres, humanos e se referem ao aqui e agora. À Israel Deus prometeu a terra (Palestina). À Igreja Deus promete o céu, com as bem-aventuranças do paraíso e de uma nova terra, após o juízo final. Evoluiu-se o plano Boulê de Deus, que em Cristo iniciou uma nova administração, um nova liderança, e esta sim, liderança eficaz.

(continua)

_____________________________

O Pr., Th. D., Honoris Teologia, D.D., Serafim Isidoro, oferece seus livros, apostilas e aulas do grego koinê: serafimprdr@ig.com.br