COPA? COZINHA? QUINTAL?

Até que enfim a copa do mundo acabou, afinal mais uma vez foi um fiasco daqueles! Estive pensando com os meus botões, ouvindo um jornalista esportivo aqui, outro acolá e a conclusão que cheguei não foi nada conclusiva.

Será que os jogadores brasileiros por não serem mais tão brasileiros assim acabaram confundindo a palavra copa, com aquele prolongamento da cozinha, onde fazemos refeições e batemos papos informais?

Ou quem sabe, com a regra de poder ter visitas sexuais durante a concentração, eles acabaram confundindo jogo com pelada...

Trocadilhos à parte, o bonito disso tudo é ver o verde amarelo sendo estampado em todos os cantos, em todos os rostos, o orgulho de ser brasileiro.

Mas (e eu digo que toda história tem um “mas”) a situação após a derrota foi de descaso absoluto. Um arrancar de bandeiras e enfeites como que querendo arrancar do peito a dor da perda de um torneio esportivo, arrancando junto fiações elétricas e telefônicas das ruas onde esses adornos estavam presos. O lixo espalhado pelos cantos, pelas ruas, correndo solto, entupindo bueiros.

E o orgulho nacional indo junto para o ralo!

Ser brasileiro é somente ser torcedor da seleção de futebol? Ser brasileiro é ter orgulho de quatro em quatro anos?

Se formos pensar nisso, temos outra “competição” que ocorre a cada quatro anos e que, esta sim, afeta o nosso dia a dia: as eleições.

Não é chegada a hora de usarmos essas bandeirolas, enfeites que comemoram o “ser brasileiro” e usá-las para se pedir um Brasil melhor, mais justo?

Hora de se chamar a atenção para o quadro político que estão preparando e que vai mudar o nosso futuro, a nossa condição de vida, a educação de nossos filhos! E junto a essas bandeirolas, fazer um aviso a esses candidatos que não queremos nossas ruas sujas com cartazes, panfletos, propagandas, na maioria das vezes enganosa. Que, somos sim, o País do carnaval e do futebol, mas temos inteligência suficiente para discernir o que nos é melhor!

Temos que mostrar, nas próximas eleições, que queremos de volta a Ordem e Progresso, profanadas na nossa bandeira!

Assim como a copa, a eleição para presidente acontece de quatro em quatro anos, mas perder um título de um campeonato mundial de futebol é muito mais fácil que aturar um presidente incapaz, corrupto pelo mesmo período, mesmo porque isso afeta diretamente os “nossos traseiros acomodados”, como diz o atual presidente, aquele mesmo com nome e atitudes de molusco.