EMPREENDEDOR, CAPITAL DE GIRO, CHEQUE PRÉ-DATADO E "SUKUKS"

Dubai. A mais reluzente estrela dos Emirados Árabes. Mega-construções. Segundo o canal "Discovery", metade dos grandes guinchos de carga do mundo estão em operação naquele pequeno pedaço de terra. Aliás, nem tanta terra assim, pois estão invadindo o mar para criar novos espaços. Ilhas artificiais em forma de palmeiras. O maior prédio do mundo, Burg Dubai. E a Dubai World, principal "player" desse "game" captando dinheiro pelo mundo afora. Com um título de crédito dentro da norma muçulmana. Sukuk. Dwerivada da antiga forma árabe (plural) de identificar o que chamamos cheque. 80 bilhões de dólares. A Dubai World tomou 57 desses bilhões. Emitindo sukuks.

Ou seja, todo aquele milagre - sem falar na lavanderia de dinheiro que é o Emirado - sendo "rolado", dia-a-dia, nas mesas de agiotagem. Como faz qualquer pequeno empresário brasileiro. O capital de giro é o cheque pré-datado. Ou, como dizia a minha avó, despindo um santo para vestir outro. Vendendo almoço para pagar o jantar.

É a globalização. Mas de outro quilate. Afinal, sukuk, falado com sotaque de "batrício", de "brimo", é muito mais elegante que o tupiniquim "cheque pré-datado". Que nem dá rima...

Feliz Brasil

Feliz 2010