Sorteio da Copa: todos temem o Brasil

Coréia do Norte, Costa do Marfim e Portugal. É um grupo fácil? Claro que não. Ninguém pode esperar facilidades no maior torneio de futebol do planeta, ainda mais quando se trata do país pentacampeão do mundo.

Poderia ser melhor, mas também poderia ser pior. Então, só nos resta a alternativa de encarar o que vier pela frente.

Acredito que o time de Dunga é forte o suficiente para brigar pelo hexa. Precisamos – nós, torcedores – esquecer definitivamente aquele romantismo de esperar vitórias e espetáculos. Nem sempre isso é possível.

Eu estava na Copa do Mundo da Espanha, em 1982, quando a equipe de Telê Santana deu espetáculo e voltou mais cedo pra casa. Sinceramente, preferiria ter ido aos EUA, em 1994, ver o burocrático tetracampeonato conquistado por Parreira.

A verdade é que – enquanto tentamos aprofundar os conceitos em relação a definição dos grupos – todos temem o Brasil. Até a França, contra quem temos um histórico de triste memória. O site do Le Fígaro amanheceu esta quinta-feira com o título: “Tememos o pior”, numa alusão a um possível confronto com o Brasil na primeira fase.

E a perfeita cobertura da Band nos brindou com uma ótima entrevista do técnico português Carlos Queiroz ao repórter Antonio Petrin, minutos após o sorteio dos grupos:

- Deixa eu combinar contigo o seguinte: o Brasil não leva nem Ronaldo, nem Ronaldinho. Em compensação vocês não levam o Cristiano Ronaldo… – sugeriu o bem humorado Petrin.

- Creio que os torcedores portugueses não iriam concordar com a sua proposta – respondeu Queiroz, às gargalhadas.

Cristiano Ronaldo e Drogba são, de fato, dois jogadores que vão merecer atenção especial. Li esta semana que o craque português tem o hábito de fazer 3.000 abdominais por dia para manter a boa forma.

Desse jeito, até Ronaldo Fenômeno ficaria fininho, fininho.