"Querer o nada a nada querer"

Angústia é descobrir-se sozinho em desalento macabro, agonia é quando você quer estar só e não lhe deixam ficar solitário "em paz". o turbilhão de sentidos e máximas não alteram somente a perplexidade do ser, como alimentam essa existência. Com virtude e vislumbre da perversa compaixão - hipócrita e doentia - é que muitas vezes nos damos conta do perigo que representamos para nós mesmos.

É melhor "querer o nada a nada querer", porque só assim nos sentimos vivos; já que não nos ensinam a morrer, a desesperar-se, a afligir-se, em vez de apenas lamentar-se. O óbvio, desse ciclo maldito e cruel - de nossa ímpfia participação - no nicho biológico é que somos passageiros e necessitamos findar para dar continuidade a outros. A maior contribuição que posso dar é aguardar no silêncio o meu olhar desviar-se para o horizonte incerto e só assim serei feliz:

- Por que só assim saberei quem realmente sou e que pra nenhum lugar irei além de mim...