ÉTICA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA-DISCRIMINAÇÃO RACIAL

INTRODUÇÃO

Foi proporcionado a mim por atualizar meu curso de extensão em educação inclusiva “diversidade na sala de aula”, no ano de 2009 pela professora Renata Freitas, um projeto de pesquisa, cujo tema seria sobre: “Ética educacional na educação inclusiva.” Todo trabalho de preparação da pesquisa teria que ser de acordo com as orientações e recomendações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Este tema há muito vem sendo discutido e obtenho enriquecimento facilitador para o esclarecimento que pais, professores,, familiares alunos se encontram sobre o tema que proponho.A Ética na Educação Inclusiva não está ligada somente aos deficientes visuais, auditivos,tdh e/ou cadeirantes , mas também nas pequenas atitudes que tomamos discriminando cada ser “diferente” ,aos padrões de beleza... escolhi falar sobre Ética Educacional na Educação Inclusiva Discriminação Racial, porque observando a sociedade onde vivo deparo-me com isso constantemente, filmes, novelas, a vida; algumas pessoas quando dão apelidos “carinhosos” para negros como “macaco”, “crioulo bonitinho”, “Pelé”, “Ronaldinho”, sendo que a criança muitas vezes nem de jogar bola gosta,naturalmente os apelidos vem por causa da etnia e não pelas habilidades esportivas,e isto ,quando adulto,torna-se uma manifestação prejudicial não só ao sujeito,mas também á sociedade. A ética na discriminação racial escolar,é uma questão racial para a população negra brasileira e a sua visibilidade na sociedade, quando exposto na escola, através da folclorização da cultura negra é compactuar, a meu ver, com o mecanismo societário repressivo que torna a população negra invisível, sob a capa da democracia racial.

1.ÉTICA

Era uma vez um cocheiro que dirigia uma carroça cheia de abóboras. A cada solavanco da carroça, ele olhava para trás e via que as abóboras estavam todas desarrumadas. Então, ele parava, descia e colocava-as novamente no lugar. Mal reiniciava sua viagem, lá vinha outro solavanco,e tudo se desarrumava de novo.

Ele começou a ficar desanimado e pensou: ”jamais vou conseguir terminar minha viagem! È impossível dirigir nesta estrada de terra, conservando as abóboras arrumadas!”

Quando estava assim pensando ,passou á sua frente outra carroça cheia de abóboras, e ele observou que o cocheiro seguia em frente e nem olhava para trás: as abóboras que estavam desarrumadas organizavam-se sozinhas no próximo solavanco.

Foi quando ele compreendeu que, se colocasse a carroça em movimento na direção do local aonde queria chegar, os próprios solavancos da carroça fariam com que as abóboras se acomodassem em seus devidos lugares. “ O que quer que você faça ou sonhe em fazer-comece.A ousadia é feita de genialidade, poder e magia”.(Goethe)

Este texto deve contribuir para uma formação de uma consciência moral e ética que pertence a espécie humana, que só se completa com a consciência do conhecimento. Da terra para a vida, e da vida para a humanidade.

A ética do professor deve propiciar ao educando o esclarecimento do seu “EU” para que o capacite a tornar-se sujeito de suas ações, tendo melhores condições de reconhecer as diferenças de vivenciar suas emoções, pois não são objetos.

Nós educadores, temos uma missão árdua para que a formação do homem haja equilíbrio ,perseverança, maturidade, pulsionando-o a SER para FAZER pulsar toda ESSENCIA cumprindo assim o APRENDER de coração,confirmando o conhecimento na construção das relações e valores sociais.

O professor deve ser o pilar de sustentação desse educando cumprindo com prazer o seu papel.

Essas sustentações que forma o crescimento interior conduzir a maturidade no relacionamento é necessário, ate que haja uma dimensões facilitadoras como empatia:???????????????

Na minha opinião , ética é a Maneira de conduzir o meio social com seriedade para que possamos viver em harmonia respeitando a CARTA MAGNA consciente dos direitos e deveres de cada individuo em seu habitat.

1.1RACISMO

Segundo o Larousse é:

• Sistema que afirma a superioridade racial de um grupo sobre o outro...

• A segregação é apenas a forma mais escandalosa do racismo (como a apartheid na África do Sul).mas o fenômeno é universal, ocorrendo não só nos países que foram colônias européias, mas também nos capitalistas desenvolvidos e nos socialistas.

• O racismo não faz parte da “natureza humana”. Nasceu,talvez, da necessidade de defender o seu espaço, e é apenas uma instituição irracional de prolongada duração assim como a antropofagia e a guerra (SANTOS)

1.2-SOMOS COLORIDOS? PARE E PENSE?

A pigmentação na pele é realmente importante? Então porque o preconceito racial é tão presente em nosso país?

Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade humana (Declaração Universal dos Direitos Humanos),mas mesmo assim,muita gente insiste em considerar-se superior e agir de forma irracional em relação aos negros. Isso é inadmissível em qualquer lugar e situação, principalmente, num país tão miscigenado como o nosso. A grande aliada do racismo é a ignorância.Muita gente desconhece que as diferenças de cor das pessoas resultam de maior ou menor concentração de melanina na pele.Quanto mais melanina,mais escuras elas são.quem vive nas zonas quentes,apresentam pele muito mais escura do que quem vive muito mais afastados dos tópicos,assim,não há homens “negros”,”amarelos”,ou “brancos”.a raça é uma só a humana.

Os negros começam a ser trazidos para o Brasil em meados do século XVI para trabalhos escravatista.Durante mais de 300 anos,a mão-de obra escrava constitui a principal força de trabalho no país ,é a base de toda a atividade econômica.(almanaque abril 2003 .mtomelloabril.com.Br.27-

11-2009

Entretanto mesmo com a abolição da escravatura o preconceito dos brancos em relação aos negros ainda se mantém.Esse tipo de racismo,inacreditavelmente,ainda é sustentado por teorias desprovidas de embasamento cientifico,como.A da craniometria,que considerava que a “raça branca” possuía crânios maiores,o que lhe conferiria maior grau de inteligência.(PANSICA,2004).

1.3- DISCRIMINAÇÃO RACIAL NA ESCOLA

Falar sobre essa ética na escola, é correr o risco de repetir muito do que foi dito pelos colegas em sala de aula. Apesar do desconforto e do risco, não posso negar que esta posição,porém me deu o privilégio de poder ler trabalhos sérios que vem sendo produzidos sobre o assunto Antes de me ater ao tema proposto, gostaria de colocar algumas questões:

Em primeiro lugar ,me chama a atenção que,quando se discute,a maioria das vezes, manifestação da discriminação,na escola, a conclusões a que se chega,desembocam,sempre,em um lugar comum; a escola reproduz os preconceitos e estereótipos existentes na sociedade em geral. Sem negar a utilidade deste tempo de abordagem teórica, não há como dissimular que é necessária ,sendo,porem,insuficiente. A luta contra o racismo não se esgota no fato de apenas denunciar que o livro discrimina,os programas discriminam,que a escola reproduz...tão pouco dá para aceitar,simplesmente o receituário pronto,a priori, contra a reprodução ideológica.

A discriminação racial vivida no cotidiano escolar fica a espera de um especialista que possa discuti-la com competência, enquanto os discriminados se submetem ao silencio cúmplice dos educadores, aguardando a “chance” de poderem existir, por intermédio do conhecimento científico. E mesmo assim, devem ouvir com atenção, o que a ciência tem para lhes dizer sobre a discriminação que vive.

Para nós que somos defensores da ética na educação inclusiva, escola publica gratuita, universal, comprometida com a transformação da sociedade, tínhamos em mãos, a partir dos “conteudistas”, uma proposta defensável, porem não suficiente. A discriminação racial, na escola, tem como uma de suas manifestações à negação do patrimônio cultural negro

Voltando aos conteúdos críticos, resta saber se o que chamar de “saber dominante”, inclui a cultura negra.

Por tudo que pude saber daquilo que se escreve re o assunto, há sobre o patrimônio cultural negro um silencio prudente. Ou então, como escreve um eminente defensor da Pedagogia Critico Social dos conteúdos, o saber das classes populares,é o ponto de partida, no processo de ensino-aprendizagem,que devem ser elevado a patamares superiores.

No seu cotidiano, a escola trata do patrimônio cultural negro de forma esporádica,eventual. Capoeira, congado, candomblé, umbanda, etc...são seus temas prediletos. Via de regra, compõe o repertorio da semana do folclore. Não se consegue ir alem do aparente, se quer se percebe que, ali, há uma pujante visão do mundo ocidental. Tratar o patrimônio cultural negro, nesse perpesctivo, é, sem duvida, conhece-lo como um “saber menor” ou um ponto de partida, um momento de sincrese, que deve, por intervenção da postura critica,elevar-se a patamares superiores, o momento de síntese. O que mais me chama a atenção é o fato de os movimentos negros contra a discriminação racial não se aperceberem, às vezes, deste viés e aceitarem participar de

atividades episódicas, na escola, acreditando ser este o caminho da mudança. (GONÇALVES 1988).

1.4- MUITO ALÉM DAS COTAS

Os avanços desde o final dos anos 60, quando começou a ser implementada, até 1995, a porcentagem dos afro-americanos entre 25 a 29 anos que se graduaram nas universidades aumentou de 5,4% para 15,4%, ou seja triplicou, formando uma classe media negra. Na área de medicina, por exemplo, o ingresso das minorias passou de 2,2% em 1964 para 8,1% em 1995. Apesar dos avanços, o debate continua intenso: existem aqueles que consideram que os programas de ação afirmativa violam a 14ª emenda da Constituição dos EUA, que proíbe a discriminação racial.(MELLO,2003).

“Tivemos o apoio de um numero sem precedentes na historia da suprema corte”: 150 entidades, empresas publicas e privadas, organizações de direitos civis, incluindo as forças armadas, o tribunal entendeu que esses casos não tinham interesse individual, mas nacional, porque trazem melhoras para o país. E no final foi essa a visão que prevaleceu. Talvez seja essa nossa contribuição á sociedade brasileira”, disse Payton in MELLO, 2003

O Brasil pertence à cultura Ibérica e suas duas principais características são dissimulação em manutenção de privilégios , completa o doutor em administração Helio santos autor do livro A busca de um caminho para o Brasil nos eua os negros são apenas cerca de13%, enquanto no Brasil são 45%, ou seja, 76,5 milhões de negros e pardos. O abismo entre negros e brancos no Brasil é vergonhoso. Segundo dados do IBGE divulgados no mês passado, do 1% dos mais ricos no País, 88% são brancos, e os 10% mais pobres, 70% são negros ou pardos.Os dados relevam que, com o mesmo nível de escolaridade e com trabalho e com o trabalho na mesma profissão, os negros recebem 57% do salário dos brancos.

O debate sobre as vagas na universidade pública abriga apenas um patamar da questão racional.O que a sociedade brasileira deve se pergunta ultimo pais a abolir a escravidão no mundo maior em população negra (depois da Nigéria), começa a colocar em práticas de inclusão, e a sociedade discute essa implementação.(MELLO, 2003)

CONCLUSÃO

Este foi um presente muito importante que ganhei, pois poderei obter respostas diversas das diferenças e doenças emocionais existentes que afetam a humanidade.

Aquele que humilha o próximo acabam agindo de forma arbitrárias. A pessoa preconceituosa é aquela que emite um juízo sobre um assunto que conhece muitas vezes repetindo julgamentos feitos por outros.

A pessoa que é insultada clara ou simples humilhação de “brincadeira”, sofre como qualquer vitima de abuso.A dor a revolta pode vir acompanhada de baixo auto- estima, insegurança, sentimento de inadeguação, mau humor, tristeza e depressão. Enfrentar o problema é fundamental.

Os educadores , os pais precisam ficar atentos e diagnosticar o sofrimento que seus educandos e filhos podem esta passando.”em primeiro lugar, é imprescindível que as crianças cresçam conhecendo suas origens, a história do povo negro e a importância dos afroscendentes na formação do nosso país e viver uma vida digna sem medo do que será amanhã, pois o seu caminho ele pode decidir e não imposto pela sociedade.”

REFERÊNCIA

ALMANAQUE ABRIL. História Disponível em www.mtomello@abril.com.brAcesso em 27-11-2009.

COELHO, Rita de C.F., Regina L.C de . Educação e discriminação dos negros: discriminação racial na escola. 1ª ed. Belo horizonte IRHJ. 1988

FREIRE,p. Pedagogia da Autonomia:Ensinar exige estética e ética.31ªed. São Paulo,2005

GENRO, Tarso F.H.Projeto de lei Disponível em www.planalto.gov.br em 27 jul.2004

MELLO,K.Racismo muito além das contas. Isto é, n.1766.p.68, ag 2003 MORIN,E. A cabeça bem feita:A condição humana. 8ª ed. Rio de janeiro p.36.2003

PANSICA, F. Somos coloridos: pare e pense.Revista isto é, São Paulo, N, 51,p 18, 2004.

SANTOS, L.R. dos Racismos segundo Larousse: O que é racismo 15

ed. São Paulo: brasiliense.