2012 - crônica sobre o filme

Em 2012 o mundo vai se afogar!

Por Rônaldy Lemos

Cidades rasgam-se feito seda, o Cristo Redentor se arrebenta todo, uma tsunami gigantesca encobre a montanha mais alta do mundo,- o monte Everest...! É esse o cenário apresentado para o suposto Fim do Mundo no mais novo “cinemão norte-americano” 2012, cujo diretor eu não me recordo agora! – Falha minha!

O filme na minha opinião ganha nota 5, em uma escala de 0 a 10.

A fotografia é digamos normal para um filme de ação/aventura de Hollywood, sem mais chamariscos ou beleza.

O filme em si é violento demais. As cenas de destruição das cidades impressionam pelo realismo jamais conseguidos até hoje na história do Cinema, mas os produtores de Hollywood pecaram pela grata violência que preenche a trama toda.

A Capela Sistina, no Vaticano, praticamente se esfarela, o palácio do Papa, ( que eu também não sei o nome!), desaba em cima de milhares de fiéis, Los Angeles racha todinha ao meio, vulcões afloram e lavas caem por toda a parte e por aí vai!

Em um dos cartazes mostrados do filme podia-se ver a imagem do Cristo Redentor rachando com muitas ondas chegando aos pés do Corcovado. Bela estratégia de marketing, mas que não agradou muito pelo realismo a quem viu ao filme, já que na trama, pode-se ver que apenas é feita uma menção às imagens do canal de TV brasileiro Globo News registrando o Cristo rachando e com as ondas do mar chegando aos seus pés. Coisa de 6 segundos, aproximadamente.

Mas o que impressiona mesmo é a trilha sonora original do filme, espetacularmente horrível, já que não empolga nem emociona o espectador nos momentos de aflição da trama ou calmaria! Leve destaque especial para a canção que toca logo no início dos créditos finais; é uma espécie de Pop Rock, muito bonita, mas “de leve”, emocionante.

Detalhe especial para o presidente norte-americano ser vivido por um ator negro, Danny Glover. Como em alguns outros filmes de cinema catástrofe, (especialmente sobre o iminente fim da raça humana), sempre colocam um presidente estadunidense negro, como Morgan Freeman, em Impacto Profundo, por exemplo.

Em suma, 2012 não fala muito a respeito da profecia maia, muito embora o filme gire em torno dela e o embasamento científico seja muito bem explanado e convincente, não se atém tanto ao lado místico de da profecia pré-colombiana.

Mas definitivamente, 2012 não é um filme bom.

É o tipo do blockbuster a ser sorvido com cerveja, mente fresca, conversa despretensiosa com amigos e mente relaxada.

Ou quem sabe motivo de reflexões e preocupações para algumas pessoas, como por exemplo, este autor aqui...!

(Há! Esqueci de dizer! Um personagem russo morre terrivelmente! Como não poderia deixar de ser, é um filme norte-americano, não é mesmo?!)