SABER DIREITO-O que você vai mudar em 2010?
ATITUDES PROFISSIONAIS E PESSOAIS
Por Dra. Valéria Reani
 
O começo de ano é a melhor época para fazer uma retrospectiva pessoal e principalmente profissional, revendo os seus melhores e piores momentos. O ideal é contabilizar suas atitudes no que diz respeito a: clientes perdidos, espaços conquistados, contratos fechados, oportunidades desperdiçadas ou aproveitadas e analisar o que o último ano representou no âmbito profissional e pessoal!
 
Depois do balanço, é hora de partir para um planejamento claro e palpável para 2010, estabelecendo, para cada objetivo, prazos, atitudes  e estratégias para cumpri-lo.
 
Em regra geral, as resoluções de ano novo raramente funcionam porque as pessoas elaboram uma longa lista de metas que não transformam em planos objetivos.
 
Na verdade, não faz sentido tratar o ano novo como se fosse uma folha em branco onde se pudesse escrever uma história.
 
Assim que todos os foguetes estouram e se retira a última folha do calendário de 2009, todos os hábitos, obrigações, pendências, limitações, prazos e demandas continuarão valendo.
 
Mas, se a rotina vai continuar a mesma, você  pode e deve pensar em como melhorá-la e deve estar ciente que a companhia para qual trabalha precisa cada vez mais que você  se qualifique. Com isso,  é importante aperfeiçoar idiomas, fazer novos cursos, modificar o comportamento ou buscar especializações. Uma mudança de ATITUDES!
 
Se você está em fase de transição – e normalmente estamos, sem perceber isso – aceite o convite para refletir sobre suas atitudes e corra o risco de ter idéias criativas, inovadoras e se livrar das antigas.

Vale lembrar que, atitudes são constatações, favoráveis ou desfavoráveis, em relação aos objetos, eventos ou pessoas. Uma atitude é formada por três componentes: cognição, afeto e comportamento.

O plano cognitivo está relacionado ao conhecimento consciente de determinado fato. O componente afetivo corresponde ao segmento emocional ou sentimental de uma atitude. Finalmente, a vertente comportamental está relacionada à intenção de se permitir, de alguma maneira, com relação a alguém, alguma coisa ou situação dentro do trabalho.
Para melhor compreensão, tomemos o seguinte exemplo: algumas pessoas têm o hábito de fumar. E a pergunta que sempre se faz aos fumantes é o motivo pelo qual não param de fumar, mesmo cientes de todos os malefícios à saúde cientificamente comprovados.

Analisando esse fato à luz dos três componentes de uma atitude, podemos enxergar o que acontece. O fumante, via de regra, tem plena consciência de que seu hábito é prejudicial à sua saúde, ou seja, o componente cognitivo está presente em sua atitude.
No entanto, como ele não sente que essa prática esteja minando seu organismo, continua a fumar. Mas se um dia uma pessoa próxima morrer vítima de um enfisema ou ainda o próprio fumante for internado com indícios de problemas cardíacos decorrentes do fumo, a porta para acessar o aspecto emocional será aberta: ao sentir o mal a que está se sujeitando, o indivíduo decidirá agir, mudando seu comportamento, deixando de fumar.

As pessoas acham que atitude é ação. Entretanto, atitude, salvo melhor conceito,  é racionalizar, sentir e externar. E não se trata de um processo exógeno, é algo interno, que deve ocorrer de dentro para fora. E entre a conscientização e a ação, é necessário estar presente o sentimento como elo.
Ou você sente ou não muda!

Atitudes devem estar alinhadas com a coerência ou acabam gerando novos comportamentos. Tendemos a buscar racionalidade em tudo o que fazemos. É por isso que, muitas vezes, mudamos o que dizemos ou buscamos argumentar até o limite para justificar uma determinada postura. É um processo intrínseco. Sem coerência, não haverá paz em nossa consciência e buscaremos um estado de equilíbrio que poderá passar pelo auto-engano ou pela dissonância cognitiva.

Pessoas dotadas de atitudes empreendedoras, estejam à frente de seus negócios como proprietários, acionistas ou colaboradores, têm por princípio uma grande capacidade de iniciativa. Seja um problema ou uma oportunidade, elas tomam conhecimento dos fatos, sentem a necessidade de uma ação e assumem um comportamento proativo para solucionar o litígio ou aproveitar a condição favorável.

Essas pessoas conseguem combater o grande vilão da hesitação, esse inimigo sorrateiro que nos faz adiar projetos, cancelar investimentos e protelar decisões. Ao combatermos a hesitação, corremos mais riscos, podemos experimentar mais insucessos, mas jamais ficaremos fadados à síndrome do “quase”, do benefício indelével da dúvida do que poderia ter sido “se” a decisão tomada fosse outra.

Por isso, cultive a coragem. Coragem para refletir e se conscientizar. Coragem para ter o coração e a mente abertos para internalizar o autoconhecimento adquirido. Coragem para agir e mudar se for preciso.


Dicas para aumentar as chances de seus projetos de ano novo, pessoais ou profissionais, darem certo.
 
  • Escolha um objetivo e a meta: não adianta imaginar que você conseguirá mudar vários pontos da sua vida de uma vez só. Então, defina o seu objetivo já na forma de uma meta desafiadora, alcançável e mensurável. Alguns exemplos: concluir o curso de idiomas, aumentar o rendimento mensal no seu trabalho, perder 6kg sem voltar a recuperá-los, praticar esportes 3x por semana, estudar 6h por semana, dedicar-se mais a família.
 
  • Crie o plano de ação: da meta precisa nascer o plano de ação, que neste caso pode ser uma lista simples de atividades ou pendências: se matricular em um curso de línguas, instalar e aprender a utilizar um software mais moderno e eficiente no escritório, parar de consumir refrigerante ou fritura.
     
  • Escolha como acompanhar o progresso: você pode definir em qual mês irá realizar determinadas atividades do seu plano. Por exemplo: se o objetivo é aprender inglês básico para poder viajar no final do ano com a família, e se março chegar e você ainda não tiver se matriculado em um curso, você precisa rever  estratégia.
     
  • Siga o plano: Projetos pessoais e definidos informalmente não têm grandes chances de sucesso. Se você não se esforçar para seguir o que planejou, ou para alcançar as metas que definiu, vai voltar a prometer e deixar de cumprir. E quando se trata de família, melhor rever mesmo os conceitos. No trabalho então...!
Assim, só você pode saber o quanto precisa e quer melhorar, não só como profissional, mas como membro de uma família, amigo ou cidadão. Cada pessoa exerce vários papéis, e essas funções se entrelaçam.
E tenha um feliz e efetivo 2010 em harmonia com a família, trabalho, e como um cidadão pleno!
É o que desejo a todos os leitores.
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Dra. Valéria Reani.
RESPEITO OS DIREITOS AUTORAIS.
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
 
Valéria Reani
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Valéria Reani
Enviado por Valéria Reani em 28/12/2009
Reeditado em 06/01/2010
Código do texto: T2000264
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