DÍZIMO - CONTROVÉRSIAS DOS DITOS ADVENTISTAS LEIGOS

Este artigo abre uma série de artigos que pretendo publicar para esclarecimento de pontos que os DITOS ADVENTISTAS LEIGOS tornam controversos na doutrina da IASD - Igreja Adventista do Sétimo Dia. Sobre o caráter e as ações desse grupo de membros e ex-membros da IASD publiquei no Recanto das Letras artigo com o título QUEM SÃO OS ADVENTISTAS LEIGOS. Os DITOS ADVENTISTAS LEIGOS, como os denominei no artigo (pois eles não são os adventistas leigos), têm por característica complicar a doutrina da Igreja e com pretextos gerados por tais complicações difamar os líderes e a denominação cujo nome eles mesmos utilizam, o que fazem acrescendo distintivos ao nome Adventista nos nomes das várias novas denominações que já fundaram, as quais estão sendo reunidas sob uma associação que pleiteia, inclusive na Internet, doações de seus membros para o custeio da gestão da organização, bem como para a publicação de literatura cuja doutrina é falar contra a Igreja que eles utilizam o mesmo nome – a IASD. Apesar disso, pretendem estar moralmente acima dessa Organização por não receberem dos membros o dízimo, que eles dizem que a Igreja impõe contra a orientação bíblica, que rege a doutrina e as ações da Igreja. Todavia, pretendo mostrar que há elevado grau de má intenção nesse erro, pois, indício sólido do potencial intrigueiro dos DITOS ADVENTISTAS LEIGOS é o fato de haver desentendimento entre eles, haja vista que fundam novas igrejas com nomes de Adventista acrescidos de distintivos segundo a visão particular de cada grupo.

Por pertencer a denominação Adventista do Sétimo Dia desde que nasci, e por serem meus pais também adventistas de nascimento, filhos de adventistas desde há mais de cem anos, bem cedo aprendi na Bíblia sobre o dízimo e o nosso dever de ajudar a sustentar a obra de Deus até a volta de Cristo com as primícias das bênção recebidas de Deus, como fazia Adão, Abel, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, todos os patriarcas, bem como o povo de Deus (os que não eram judeus e os que vieram a ser judeus), como mandado no Velho Testamento e confirmado por Jesus ao dizer “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. – Mateus 22:21.

É certo que Jesus tratava aí unicamente do dízimo, pois justamente os fariseus, classe de judeus que tudo fazia para pegá-lo transgredindo ou ensinando a transgredir a Lei judaica a fim de terem pretexto com que solicitar aos romanos Sua crucifixão, é que tinham lhE perguntado se era certo ou não pagar tributo a César, pois o povo judeu achava certo devolver o dízimo bíblico, mas tinha por abuso a imposição romana de cobrar tributos a César. Sendo assim, pretendiam que Jesus respondesse que não era devido pagar tributos a Roma, sendo que Ele era judeu e os judeus odiavam a submissão aos romanos. E, porque tentavam conseguir Sua morte acusando-o também de ser um agitador e os agitadores judeus é que pregavam a sonegação de impostos a Roma, se Ele dissesse que não, o denunciariam e com certeza Ele seria então punido com a cruz. Todavia, para frustração de suas expectativas, Jesus não só mostrou-se de acordo com o cumprimento das obrigações civis quando confirmou o pagamento de imposto, mas também esclareceu que isso não nos isenta de cumprir a parte devida a Deus – os dízimos e ofertas.

Em outra ocasião Ele deu outra prova de estar de acordo com o dízimo quando acusou os mesmos fariseus de hipocrisia por terem tanto cuidado em devolver o dízimo até da hortelã e de outros ervas, mas menosprezarem a justiça, a misericórdia e a fé, que, segundo Ele disse, são itens fundamentais da Lei, que os fariseus tanto se arrogavam guardar e cuidavam am garantir que os outros guardassem, mas não tinham misericórdia e piedade por seus próprios compatriotas, aos quais eles instigavam cobrando-lhes o cumprimento da Lei de forma penosa. E nessa ocasião Ele confirmou a ordenança do dízimo, dizendo: “(...) devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!”. – Mateus 23:23 e Lucas 11:42.

Se fosse como os DITOS ADVENTISTAS LEIGOS dizem, Jesus teria dito: “(...) devíeis, porém, fazer estas coisas e omitir aquelas!”. Todavia, não é assim que está escrito.

Entretanto, apesar de não encontrarem na Bíblia passagem que desautorize o dízimo, os DITOS ADVENTISTAS LEIGOS reclamam que os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia instigam os membros da denominação a devolver os dízimos (10% do líquido que recebem) ao citarem a passagem de Malaquias 3:8 e 9, que diz: "Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda". Alegam que tal passagem valia apenas para os judeus, dizendo com isto que no cristianismo o sacerdócio (ofício pastoral e administrativo da igreja) deveria ser feito voluntária e gratuitamente – por leigos (pessoas sem instrução, especialização e preparo). Em outras palavras, os pastores e administradores da igreja deveriam ser todos amadores, pois não poderiam estudar e aprimorar-se em vistas de que não dedicariam tempo integral a esse ofício, haja vista que ele seria feito em horas vagas, pois em as melhores horas de seus dias esses servos da igreja teriam que usar para buscar seu sustento em outras fontes.

Citam essa passagem para caluniar os líderes da igreja, deixando também claro que os outros membros leigos, alguns bem simples, outros professores, cientistas, empresários, médicos, advogados, etc., são tolos e se submetem como cordeiros e sem raciocínio a tal suposto abuso de seus líderes. São mal intencionados, pois sonegam a passagem de do mesmo livro de Malaquias que diz: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida”.

Então. Por acaso não somos testemunhas pessoais de que temos devolvido de livre e espontânea vontade 10% do líquido de nossos ganhos como forma de gratidão pelas bênçãos já recebidas de Deus, pelo que temos o que devolver? Por acaso tem-nos sido pesado devolver o dízimo, haja vistas que somos testemunhas de que Deus tem feito prosperar nossos negócios e ganhos, bem como nossa saúde física e mental?

Nós, os verdadeiros adventistas leigos, muitos que têm, inclusive, seus próprios negócios, sabemos que o trabalho sacerdotal e administrativo voluntário e eficiente é impossível, pois, por pequeno que seja o empreendimento, ele carece de dedicação integral e não seria a obra de Deus, o Ser mais organizado do Universo, que teria sucesso ao dirigida por pessoas que enganam-se a si mesmas, pois pretendem dedicar de graça um tempo do qual não dispõe e o qual lhes custaria passar necessidade, bem como o suprimento de suas famílias. E é certo que aqueles não cuidam das necessidades de suas famílias não são bons cristãos, não podendo nem ser mesmos chamados de cristãos, pois o verdadeiro cristianismo começa por bem saber governar e prover sua família.

Portanto, reitero, que hipocrisia é pretender passar por moralmente elevado dizendo que o trabalho de Deus não carece remuneração, pois a obra de Deus não é inferior as dos homens e como tal deve ser tratada com esmero, com profissionalismo e com dedicação, além, é claro, com amor. E muito mais hipócrita é quem entrega a administração do trabalho de Deus a pessoas sem aprimoramento, mostrando assim que essa obra não tem valor. Hipócrita também é aquele que, a exemplo do inimigo de Deus, distorce as ordens do próprio Deus para difamar seus irmãos e atravancar a obra de Salvação que Deus pretende concluir antes que este mundo se torne definitivamente inabitável pela ações malévola do homem, o que, todos vemos e os cientistas alertam, está bem próximo e ocorrerá muito antes dos DITOS ADVENTISTAS LEIGOS conseguirem com seus desentendimentos transformarem suas diversas denominações opostas numa igreja capaz de cumprir a missão evangélica de Cristo.