A ética nos relacionamentos amorosos

Ao escrever este artigo já posso antever a reação dos leitores diante do tema.

O vocábulo “ética” está na moda. É citado em muitos contextos da atualidade.

Não sou sexóloga, futuróloga, piscóloga. Apenas registro meu pensamento sobre a reincidência dos fatos que veno observando no dia-adia.

A ética nos relacionamentos amorosos poderia ser mais respeitada e vivenciada. Penso em amantes de pele, olho, boca, chuveiro, cama, pão com queijo, água e sabão. Que se amam com sôfrega paixão, invadindo o espaço do amado, pisando nas flores dos jardins interiores do companehiro, “traindo” a essência dos sentimentos em simples, inocentes gestos, impensados, e mesmo incoscientes, mau educados.

Penso na senhora casada de meia idade que por confiança no parceiro, esqueceu de pedir que ele usasse o preservativo, talvez envergonhada (idiota, mesmo), esquecida do óbvio, a prevenção. Um dia desmaia ao saber que é portadora do HIV. Penso nas mocinhas sonhadoras, embaladas nos sonhos ilusórios da adolescência, que de vez em quando, ficam aturdidas com o atraso da menstruação, sem avaliar que além da preocupação diante de gerar um novo ser, outras surpresas poderá enfrentar, como as reais “DSTs” e suas conseqüências.

Imagino os rapazes iludidos e de egos plenos achando que terão mais “prazer” se não usarem o preservativo na hora do ato sexual.

Em nome do sentimento maior, assistimos diariamente, avanços, devassas, constituindo verdadeira agressão a convivência do ser humano em sua essência. Atos de violência, transgredindo a lei maior do amor.

Lhes pergunto: Onde está a ética? (Talvez, precisasse fazer uma visita a ótica e comprar um bom par de óculos) ÉTICAX ÓTICA, risos ....

Sem mencionar aquela namorada ciumenta que aproveita o momento do banho e mergulha no celular do amado, só para dar uma espiadinha, e ao ler qualquer “torpedo” com assinatura feminina, imagina, sei lá o que, mas que maltrata o sentimento, e desprovida de ética com a relação pisa fundo no acelerador e ainda acha-se dona da verdade, posso vê-la como um dragão medieval soltando fogo, não labaredas, para o amado, debaixo do chuveiro.

Sem contar os inseguros, maldosos e inconvenientes “verdes” jogados para os amigos, parentes, a fim de “colher” informações não comunicadas pelo parceiro, ou simplesmente inexistentes, inventadas pelas mentes doentes dos companheiros que não estão a altura de corresponder com dignidade o sentimento que recebem.

E também quando após longo período de união, vem a separação e começam a jogar lama nos fatos do passado, entornando, sujando, uma pessoa, com comentários com os amigos, às vezes, na maioria, pessoas que nem sempre conheciam de perto a relação ou os parceiros envolvidos.

Não posso comentar sobre tais fatos, sem deixar de lamentar a triste e desaparecida “ética” nos relaciomentos amorosos. A falta de nutrição e alimentação à essência que une dois seres, só pode gerar violência, desgraça, sofrimento, destruição da beleza de estar amando ou ser amante.

Lembremo-nos que o vocábulo “ética não precisa estar na moda, o importante é não ser esquecido e ficar escondido, trancafiado em qualquer gaveta de um armário qualquer.

Desejo que meu artigo não seja descartado, enviado para o “trash” de sua consciência ou amassado e jogado na sua cesta de lixo chamada memória.

O amor não pode mais ser tão massacrado, segundo a segundo. Vamos pegar o pincel e pintar o nosso amor bem bonito, embelezá-lo ainda mais.

Aradia Rhianon