DOENÇA DO BEIJO

     O nome pode parecer estranho, entretanto, a doença do beijo não é tão rara. Trata-se de uma enfermidade chamada de mononucleose infecciosa, causada por um vírus, o Epstein-barr, da família do herpes. É transmitido de humano para humano, através da saliva. Por esse motivo ganhou a alcunha de "doença do beijo". Atinge com mais freqüência pessoas entre 15 e 24 anos. Apresenta alguns sintomas parecidos com os da gripe, mas não possui sintomas respiratórios A pessoa acometida pela doença apresenta febre, cansaço, dor de garganta e aumento dos linfonodos do pescoço (inguas). É um quadro muito semelhante às faringites comuns causadas por outros vírus e bactérias. A pessoa também pode apresentar outros sintomas inespecíficos como dor de cabeça, dores musculares, tosse e náuseas. A fadiga costuma ser intensa e persiste por semanas após melhora dos outros sintomas. O aumento dos linfonodos também é um pouco diferente, acometendo preferencialmente as cadeias posteriores do pescoço e freqüentemente se espalhando pelo resto do corpo. É comum o baço aumentar de tamanho, chamado de esplenomegalia. Quando isto ocorre, é necessário manter repouso, devido ao risco de ruptura do mesmo. O fígado também pode ser comprometido, aumentando de volume.
     O diagnóstico é feito através do quadro clínico e confirmado por exame de sangue, em que se evidencia a presença de anticorpos no sangue da pessoa doente. O tratamento baseia-se em sintomáticos e repouso. Não há remédios específicos para o vírus, nem vacinas para combatê-lo. A doença costuma se resolver espontaneamente em 2 semanas. Pelo risco de rotura do baço, recomenda-se evitar exercícios pelo menos por quatro semanas.