A OUTRA

Deus, para felicidade do homem. Inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento”. (Machado de Assis)
 
   Este é um assunto polemico e árido resolvi tocar nele depois de ver um estudo publicado na revista Social Psychology Quaeterly, de acordo com o autor do estudo o especialista em psicologia evolutiva da London of School of Ecoomics, Santoshi Kamazawa,”homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes”.

Foram analisadas duas grandes pesquisas americanas, que mediram atitudes sociais e QI de milhares de adolescentes e adultos. Ao cruzar as pesquisas, o autor concluiu que as pessoas que acreditavam na importância da fidelidade sexual demonstram QI mais alto. Kanazawa vai mais longe e disse que outra conclusão do estudo é que o comportamento “fiel” do homem mais inteligente, seria um sinal da evolução da espécie. Mas segundo Kanazawa, a exclusividade sexual não significa maior QI entre as mulheres, já que elas sempre foram relativamente monogâmicas e isso não representaria uma evolução.


Procurei de todas as formas e maneiras uma forma de conseguir um depoimento de uma mulher que assumisse ser” A OUTRA”, até que hoje me foram indicados por uma psicóloga, dois locais onde poderia encontrar algo.O primeiro é um site denominado blog da mulher e lá encontrei um artigo postado por uma pessoa anônima que passarei a relatar:


INFIDELIDADE CONJUGAL


Ser a outra é uma posição não muito fácil de ser assumida. Ser a outra implica em tanta coisa, implica em abdicar: dos sonhos, da vontade própria, do amor-próprio, do orgulho, de ser feliz, de ter sua própria família, de ter seus filhos de ter direitos a festas de natal com seu amor etc.; Ser a outra implica em passar datas festivas sozinhas, implica em ver-se sozinha nas situações mais importantes de sua vida, e tantas outras coisas são tantas que poderia passar aqui horas e horas falando a respeito. Quase sempre dizemos “Não escolhemos por quem nos apaixonamos, isto acontece”.

Até concordo com isto, diz a primeira mulher, mas será que ao saber que uma pessoa comprometida,que tenha uma família e não se importa em se envolver com uma pessoa fora do casamento dele, é um problema exclusivamente dele? Mas você pode ter um pouco de consciência sobre o que é ser a outra e decidir não entrar em mais um problema. Claro que existem muitos até mesmo milhares de casos em que o homem  decidiu  separar da família e ficar com a outra, mas até onde se pode ser feliz, fruto da infelicidade de outros?


Muitos vão falar que antes de você aparecer o casamento já não ia bem, portanto você não tem culpa, mas nem por isto esta isenta de responsabilidade. Você pode ou não optar por participar dessa situação constrangedora e veja bem, não há aqui nenhum falso moralismo ao contrário, apenas porque muitas pessoas foram a outra por décadas e acabaram sozinhas; porque o homem em questão não foi suficientemente HOMEM para decidir e se posicionar diante de uma situação que ele ajudou a criar.

O magnetismo desta situação pode ser envolvente, pode ser excitante a situação de perigo, mas nada disto vale à pena, diante da consciência tranquila. Neste mundo vale mais sua integridade pessoal e seus princípios. Nunca passe por cima de seus princípios e do que você acha certo por causa de ninguém, pois ninguém merece que se faça isso. Vejam bem, não estou aqui dizendo que a culpa é “da outra” ao contrário, para mim a culpa ou responsabilidade, começa no homem que é casado e procura uma aventurazinha fora de casa, seja para tornar sua vida menos monótona, seja para encontrar fora de casa um muro de lamentações, no qual ele joga todos os seus problemas e depois volta para casa belo e formoso.


As desculpas são sempre as mesmas e muito esfarrapadas “Só ainda não me separei por causa de meus filhos”,”Sou infeliz no casamento”,”Minha mulher é doente, coitada”,”Minha mulher não me compreende”.Por isto pense bem antes de assumir este posto! Não perca anos preciosos de sua vida, até porque o tempo que perde com ele, poderia estar em busca de alguém livre e disposto a construir uma família com você.

 
O outro artigo foi postado no site Corporativismo Feminino e a autora preferiu não se identificar e tem o seguinte título:

QUANDO EU FUI A OUTRA


Quando me apaixonei sabia que ele era casado, mas mesmo assim eu quis pagar para ver. Longe de ser um desafio para mostrar quem pode mais, estava eu apenas olhando para um homem que eu queria perto de mim. Para alguns ele é o canalha na história, pois tem um compromisso e eu sou livre. Para outros, nós dois somos canalhas. Para muitos eu sou a vulgar da história.

Não importa o que cada um pense a respeito, só estando metida numa história como essa para entender. Aprendi muito sobre princípios da forma mais esdrúxula: sendo a outra. Entendo que às vezes os princípios vão todos às favas quando é o seu coração que esbraveja.


Sou a outra. Aquela que ele vê antes e depois de sair com a oficial, aquela que o sexo é mais ousado e sem pudor. Aquela que os amigos não conhecem, tampouco a família. Aquela que faz o papel errado, o de sacana. Mas e aí se topo ter um sexo muito bom e ouvir as palavras certas.


Pergunto-me como vim parar numa situação dessa e como resolvi deixar todos os meus princípios na lata do lixo. Porque não consigo me desvencilhar dessa paixão aguda? Porque não tenho medo de acabar sozinha?


As pessoas dizem que estou sendo usada, que nunca irá valorizar-me, que eu mereço uma boa punição por estar fazendo isto com alguém. As pessoas dizem que é feio, bárbaro, desleal imundo. As pessoas dizem muita coisa, mas nenhuma consegue me dizer como abandonar os braços daquele que me deixa flutuar.
NÃO ACEITEI SER A OUTRA SÓ ACEITEI SER DESEJADA.

 A REALIDADE  BRASILEIRA

Na realidade hoje temos muitos homens que apesar de casados, têm uma vida paralela e duradoura, em geral isto ocorre de duas maneiras:
 
a)De um modo geral eles têm uma vida de casados com uma vida social normal, no entanto têm uma vida paralela com a formação de outra família. Normalmente uma família organizada com filhos e todos os encargos da “família oficial”, sendo os filhos desta “ OUTRA “ mulher registrados como filho. Normalmente o caso fica em segredo durante anos, é pois uma relação duradoura e feliz, que só acaba ou é descoberto com o falecimento do cabeça do casal, pois no caso a outra (2ª esposa) tem os seus direitos garantidos por lei.

b)A outra forma é que os dois vivem uma relação escondida sem filhos, em que o homem visita periodicamente a OUTRA e acaba desenvolvendo um afeto grande e costuma durar anos, mas sem nenhuma ligação oficial, a não ser a afetividade.

Não me cabe como autor do texto ter opinião própria. Eu apenas procurei apresentar o problema que surgiu devido a uma pesquisa de uma Universidade Inglesa sobre infidelidade masculina. A reflexão e a opinião ficam por conta de cada pessoa que ler o texto
.


Vou terminar com uma frase poética de Raul Seixas:

“Só há amor quando não existe autoridade

 

           
 
 

Ruy Silva Barbosa
Enviado por Ruy Silva Barbosa em 15/03/2010
Reeditado em 15/03/2010
Código do texto: T2139034
Classificação de conteúdo: seguro