O CARA

O CARA

Querendo ser gentil e engraçado, o presidente Obama chamou o presente Lula, desta forma. Na linguagem corrente “o cara” é o sujeito especial e carismático. É aquele indivíduo inteligente que encontra solução para os problemas nacionais, e talvez até internacionais. O que acabei de escrever foi o entendimento do objeto do apelido, seus correligionários e amigos. A expressão foi tomada, ao pé da letra, como um elogio de admiração, feito pelo presidente americano, no primeiro encontro dos dois, após as eleições nos EUA. Este fato foi tão impactante, que o nosso “guia”, como diz o Celso Amorim, exibe sua capacidade de harmonizador e pacificador universal, tentando fazer amiguinhos os iranianos com os americanos; os israelenses com os palestinos; os cubanos com o mundo democrático. Ele, Lula, pensa que está acima do bem e do mal, que é superior até a Jesus Cristo. Pois este desagradou aos doutores da lei e aos fariseus, enquanto ele corre mundo levando a paz. Provavelmente, no seu íntimo, pensa: Jesus não conseguiu, mas eu, que vim do nada do Nordeste, que passei fome em criança e não sabia do que era comer carne, cheguei à presidência da república, por meus méritos. Portanto, consigo convencer até o diabo a servir a Deus.

Pobre do Brasil. Corre o risco de pagar caro por este relacionamento íntimo e amigável com Hugo Chaves, Evo Morales e os irmãos Castro. Pobre país, que pode se tornar o primeiro a ser atingido pelas bombas nucleares, desenvolvidas no Irã, com a ajuda e concordância nossa. Coitados de nós, povo, que estamos expostos ao deboche das nações desenvolvidas e civilizadas, que ironizam a nossa diplomacia, tão diligentemente gerida até hoje. Imagino que o Barão do Rio Branco deve estar se revolvendo em seu túmulo, estupefato com a atitude do nosso presidente em visita a Israel: recusou o compromisso de ir ao túmulo do fundador do sionismo. Talvez ele nem saiba o que significa sionismo. Mas será que nenhum dos diplomatas e assessores, ao seu redor, poderia nos salvar deste descalabro?

Estamos em meados de março. Daqui a quatro meses e meio haverá eleições. Será que em janeiro estaremos longe do risco deste besteirol internacional e nacional? Ou será que somos tão idiotas ou ignorantes e mantivermos a continuação deste governo? Onde estão os esclarecidos da pátria para reverter este destino? As estatísticas afirmam que, apenas 5% da população brasileira, têm curso superior. Afirmam, também que, entre eles, o presidente Lula goza de prestígio. Será? Onde foi parar o discernimento que vem com o conhecimento? Onde foram parar a ética e a moral, que as famílias deveriam ensinar às crianças, desde cedo, nos seus lares? Provavelmente com a destruição dos conceitos, os lares nem existam mais.

Estou velha e deve ser isso. Não entendo os jovens de hoje e não consigo nem imaginar os rumos da geração de amanhã. Se ainda há, entre as pessoas que leiam este artigo, gente descente e que acredite que há jeito de mudar este caos, vamos divulgar os artigos de jornalistas e intelectuais que compreendem esta urgência e vamos despertar o “bom nacionalismo” adormecido. Unamo-nos pelo bem do Brasil e o fim “do Cara”, seus capangas e sua influência maléfica.

Petrópolis, 16 de março de 2010 – DIA DA FUNDAÇÃO DESTA CIDADE E FERIADO LOCAL

Gilda Porto
Enviado por Gilda Porto em 16/03/2010
Código do texto: T2142000
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