A PÁSCOA

Neste mês celebramos a Páscoa. Mas o que é a páscoa de verdade? Será apenas celebrarmos o “coelhinho que bota ovos”? Seria apenas recebermos chocolates de presente? Não a páscoa não é isso. A páscoa vai muito além das crendices populares. A Páscoa tem um significado especial para nossa vida, ela é mais do que acreditar que um coelho seja capaz de botar um ovo e ainda por cima de chocolate. A páscoa é a uma celebração instituída por Deus ainda no Antigo Testamento quando o povo de Deus era escravo no Egito.

“Páscoa” vem do verbo hebraico “pasach”, substantivo “pesach”, que significa “Passagem”. A festa da Páscoa foi ordenada por Deus, para comemorar a saída do povo hebreu do Egito. Esse povo amargou 400 anos de cativeiro, sofrendo e sendo maltratado com trabalhos forçados. Porém, Deus, através do profeta Moisés, libertou o povo, fazendo-o “passar” da escravidão para a liberdade. A Páscoa lembra essa libertação.

A história verdadeira da Páscoa está registrada na Bíblia Sagrada em Êxodo 12. 1-28. Este capítulo maravilhoso da Bíblia narra à instituição da Páscoa, que ocorreu por ocasião da 10ª (Décima) praga do Egito. Na 10a praga, Deus não iria punir os egípcios, com doenças, com chuvas de pedras, com gafanhotos, com rãs, trevas, etc; mas com algo muito pior... a morte dos primogênitos (tanto de homens como de animais). Através das nove (9) pragas, Deus castigou o Egito, para que Faraó libertasse os escravos hebreus e os deixasse sair do país, mas, como Faraó, não obedeceu à ordem e a palavra de Deus, foi preciso mexer na sua própria carne, tirar a vida do herdeiro do trono egípcio.

Deus avisou Moisés que desta vez, os israelitas não estariam isentos do castigo – da praga, pois esta poderia também matá-los. Esta 10a praga era condicional. Havia uma condição para que os primogênitos dos hebreus não morressem. A condição era a morte de um cordeiro (uma vítima que substituía o primogênito). Cada família deveria imolar um cordeiro à tarde, assá-lo no fogo, comê-lo, e o seu sangue passado nos umbrais das portas e janelas porque àquela noite o anjo da morte “passaria” no Egito e mataria todos os primogênitos.

Muito tempo depois (cerca de 1400 anos) Jesus estava comemorando a Páscoa hebraica, quando instituiu a Páscoa cristã, dizendo: “Este é o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”. Cristo morreu por nossos pecados e em nosso lugar e ressuscitou no primeiro dia da semana – o domingo de Páscoa.

“Assim como os hebreus passaram do cativeiro para a liberdade, a Páscoa cristã comemora a passagem da morte para a vida em Cristo. O Apóstolo disse: “Cristo é a nossa Páscoa”. É a nossa passagem para a vida e para Deus. Sem Cristo não há vida, e não há Deus em nossas vidas”.

Receba e doe o tradicional chocolate, contudo, busque a Cristo: nossa verdadeira Páscoa.

Não se deixe levar pelo simples comércio que a PÁSCOA tem se tornado. O mais importante não são os deliciosos chocolates que recebemos e doamos nessa época tão importante para nós cristãos, mas o grande aprendizado do seu maravilhoso significado: “A conquista da liberdade sobre o mal, sobre o pecado e sobre as injustiças” que dominavam a vida antes desse dia. Receber chocolates na Páscoa é divertido, contudo muito mais feliz será aquele que receber o Senhor Jesus como seu Salvador, Deus perdoará seus pecados, porque ao olhar para você, Ele verá o sangue do Cordeiro derramado na Cruz do calvário.

Que Deus os Abençoe sempre e Feliz Páscoa!

Luis Claudio de Roco – Psicanalista/Teólogo