PUBLICIDADE MAL DIRIGIDA

Em Sociologia existe uma frase que repito incansavelmente e que é imbatível, pois expressa a realidade insofismável: “Quem agride está inseguro e quem se sente agredido também!”.

Pela própria consciência do ser humano de ser passível de erros, pela identificação da sua pequenez diante dos agressores, quando percebe uma agressão gratuita a outra pessoa ou a um objeto, por parte de quem tem o poder ou finge tê-lo, a percepção cria uma reação negativa ao agressor, seja ele numa simples polemica, seja em propagandas pela mídia.

Este fato é característico daqueles que ascenderam um degrau na evolução e maravilhados tendem a menosprezar o deslocado, humilhando-o, mas causando uma sensação de mal estar em quem a ouve. È como se as pessoas assumissem o lugar do ultrapassado, possibilidade a que está sujeito qualquer indivíduo ou empresas nesta concorrencia vital.

Quando em exercício da Consultoria em Publicidade somos chamados a construir, ou mesmo analisar uma campanha, aconselho a mostrar os pontos positivos alcançados, nunca menosprezando os concorrentes, pois nunca saberemos se um dia a Empresa terá que descer um degrau.

O resultado da campanha mal direcionada irá criar no imaginário de quem a ouve duas hipóteses: se a campanha agressiva for verdadeira, o custo da aquisição do produto será maior, beneficiando aos que necessitam exibir, mostrar-se atualizado, para fingir que são grandes muitas vezes vazios de saber. Se a campanha for falsa, a raiva de quem adquiriu o produto criará uma resistencia ao produtor, que poderá tornar os produtos da empresa evitáveis para sempre, mesmo que atinja um grau de perfeição inigualável.

Vemos isto na indústria automobilística, com muita freqüência: os compradores são impelidos pela publicidade exaustiva e ao adquirir o produto percebem o desleixo na pintura e nos demais acabamentos, que se deterioram com rapidez.

Recentemente vemos competições imensas, sem um pingo de ética por empresas até recentemente apagadas, que insistem nesta prática danosa contra seus objetivos.

Soltei na mídia esta frase e deu bom resultados: “Inundai a mídia de propaganda asquerosa e verás a onda se voltar contra si”. Como dizem os meninos: "Sacô?"

Minha avó sempre me ensinou a ser seguro em meus passos, satisfeito com as alegrias que posso conquistar ao ser competente e nunca ser um ‘bufão’ em minha autopromoção.

Ela estava certa, pois quem delira, não pode estar sadio, é no mínimo sem autocrítica.

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