COMO SER VOCÊ MESMO NUM MUNDO TÃO MASCARADO

Hoje resolvi escrever novamente, desta vez sobre um assunto que tenho observado no dia-a-dia a muito tempo e com atenção e cuidado, por ser um assunto que muito me interessa, é sobre: “As emoções que envolvem os relacionamentos humanos”.

Em meio a tantos e diversos relacionamentos diários... Às vezes através de longas conversas, outras rápidas e objetivas, com amigos, conhecidos e estranhos; algumas por telefone ou pela net, também através de e-mails que recebo diariamente de pessoas abrindo seus corações sobre os mais diversos tipos de dificuldades, satisfações e anseios. Confesso que muitas vezes me sinto impotente em não conseguir responder à todos; ou responder pensando que gostaria de poder ter contribuído mais... Enfim, foi o que me levou a escrever este texto.

Descobri que a melhor maneira de ajudar os outros é começar ajudando a nós mesmos em primeiro lugar.

O autoconhecimento é base de uma vida feliz. Os motivos que levam as pessoas a utilizarem máscaras, são basicamente dois: NÃO ME ACEITO COMO SOU ou RECEIO NÃO SER ACEITO COMO SOU.

Triste pensar que ser autêntico é vergonhoso ou motivo de rejeição.

Quem busca relacionamentos verdadeiros, sinceros e de cumplicidade só conseguirá sendo verdadeiro, sincero e transparente.

Tenho plena consciência de que ninguém é perfeito e espero que você que me lê também tenha essa consciência, pois isso já é o grande começo.

Seres imperfeitos e conscientes,querem melhorar, crescer e buscam lapidar-se.

Muito me chamou a atenção uma observação de Roberto Shinyashiki onde ele diz com palavras semelhantes: hoje as pessoas não se preocupam mais com o TER ou SER e sim em “PARECER”.

A superficialidade tomou conta do ser humano.

Daniel Spencer comenta: Hoje as pessoas compram o que não precisam, com o dinheiro que não tem para mostrar para pessoas que elas nem gostam, que elas são o que não são!

Preocupante não é?

Mas seria mais preocupante ainda se não houvesse solução, e o maravilhoso é que a solução existe e nos faz mais confiantes e felizes!

Vamos lá?

1° passo:

-Descubra quem você realmente é, sua essência. Observe defeitos e virtudes sem dó nem piedade, é uma análise feita “por você - de você”.

-Depois “seja capaz” de ouvir as críticas de outras pessoas sobre você (familiares, amigos...) É um processo lento, minucioso, pode doer... mas vai valer muito a pena, confie!

2° passo:

-Anote tudo! Faça um balanço, avalie, separe uma lista do que lhe agrada em você e outra de tudo que não lhe agrada e lhe causa insegurança. (Neste momento não pense em agradar aos outros, as opiniões deles foram para lhe ajudar na avaliação).

3° passo:

-Repita suas virtudes “as suas qualidades” em voz alta, sempre, fale sozinho de você mesmo! Tente falar sempre bem de você para você meu amigo! Porque mal sempre tem os espíritos de porcos para fazerem... E auto-elogio em público, cheira mal.

4° passo:

-Comece a lapidar em você tudo que lhe desagrada. Para tudo tem uma maneira: estudar, conhecer, se informar, aprender, começar uma dieta alimentar equilibrada e saudável, se exercitar, fazer tratamentos estéticos, aprender a contar até “dez”, respirar fundo e calmamente em situações que lhe causam medo ou insegurança, buscar soluções!

Mas lembre-se sempre que muitos desses “defeitos” podem não passar de monstros criados por sua imaginação, podem ser meros complexos que surgiram ao se comparar ou ter sido comparado a outras pessoas.

Os seres humanos são “únicos”, isso é maravilhoso! O maior defeito do ser humano é se basear em estereótipos de sucesso, beleza, etc, que a mídia impõem. Permitindo que seu D.N.A se dilua nesse processo de auto-degradação, perdendo com isso a oportunidade que o Criador nos deu de sermos “ÚNICOS”, para sermos meras tentativas de Xerox de outros.

Para começar a dar o 1° passo, é preciso ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que sente, desnudar a alma...

Deixar cair as “máscaras” e baixar as armas.

Derrubar os imensos e grossos muros que nos empenhamos em construir ao nosso redor.

Quando conseguirmos deixar que nossa razão e nossas emoções trabalhem inteligentemente, conseguiremos construir relacionamentos sólidos, tanto na vida pessoal como profissional, e evitar tanta dor e decepção.

Pessoas verdadeiras atraem pessoas verdadeiras, se outras categorias de pessoas se aproximarem, no mínimo será para fechar bons e sólidos negócios por confiarem em você.

Não devemos temer confrontos, mas ao enfrentá-los sugiro que tenhamos autonomia sobre nossos sentimentos e emoções.

Queridos, posso dizer que tenho exercitado a técnica da “AUTONOMIA DAS EMOÇÕES”, como um dever de casa. Aos poucos se torna espontâneo e se incorpora em nossa vida diária. O resultado é fantástico!

Já presenciei (como todos nós) cenas de pessoas que ainda não possuem autonomia sobre suas emoções, se dirigindo a outras com palavras impensadas, em alto e bom tom, gesticulando, sem sentido eu diria. Outras utilizam técnicas mais sutis, fazendo comentários medíocres e improdutivos e outras ainda perguntando coisas como: - Por que você não compra o carro tal... sendo que a pessoa não possui carro e o “ser” que fez a pergunta anda com um automóvel que nem a porta abre...

Ou: - Não me diga que você perdeu o emprego novamente?

E lá vão eles! Nenhum está disposto a romper a cadeia, e assim a situação entra rapidamente numa espiral fora de controle. Cada um veste sua máscara e o duelo se inicia!

Outro problema é a agressividade passiva que como o silêncio, o virar as costas para alguém ou a demonstração de mau humor, não é menos nocivo do que gritar.

Não importa que forma assuma, o comportamento descortês e maldoso só gerará mais reações do mesmo tipo. O apóstolo Tiago tinha exatamente isso em mente quando escreveu: “Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!” (Tiago: 3:5).

Quando reagimos à maldade com raiva, ódio e desejo de vingança, entregamos o controle sobre nós para a outra pessoa.

Deixamos que ela aperte os botões e determine nossos sentimentos, atitudes e reações.

Até tomarmos a difícil decisão de fazer isso na prática, estaremos apenas reagindo, e não AGINDO. Um comportamento reativo (em oposição ao ativo) nos coloca sob o domínio das pessoas cruéis e insensíveis que têm sido indelicadas conosco.

O método de “autonomia sobre as emoções” nos capacita a dizer à outras pessoas:

“VOCÊ NÃO PODE ME FORÇAR A ODIAR. RECUSO-ME A PERMITIR QUE VOCÊ AMARGURE MINHA VIDA. NÃO TENHO A INTENÇÃO DE PASSAR MEUS DIAS CONSUMIDO PELA RAIVA”.

Infelizmente, aprendemos que agir desta maneira é passar a imagem de que somos fracos, bobos e menos do que o outro. Quando na verdade, agindo assim, estamos deixando nossas emoções trabalharem de forma Inteligente.

Entenda: na maioria dos casos, o comportamento “reativo” (agressivo ou de desprezo e indiferença), é uma arma na luta pelo poder e controle da outra pessoa. Ao ser mau com você, ou evitá-lo e não amá-lo, vou puni-lo por algo de que não gostei e forçá-lo a se comportar do jeito que eu quero.

Porém o comportamento “ativo” ou “positivo” que estabelece limites nada tem a ver com ódio e vingança, e muito menos com dominação. É uma tentativa não de controlar, mas de estabelecer o autocontrole. É uma declaração não de independência, mas de autonomia. Independência significa voltar as costas à outra pessoa, e pode ser um comportamento reativo. A autonomia reconhece o valor da interdependência.

Não rejeita um relacionamento no qual possamos ajudar e voluntariamente servir um ao outro, mas exige respeito para com o direito de governarmos nossa própria vida.

Ninguém pode determinar que sintamos insegurança, raiva, desconforto...

Após exercitar a técnica da “Autonomia das Emoções”, colocada em prática com muito amor pelo nosso semelhante, entendendo as suas e as nossas limitações, muitas transformações começam a acontecer em todos os aspectos de nossas vidas.

Todos nós sofremos, às vezes nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir. Num silêncio que nos remete enganosamente à saudade de alguém, mas na verdade a saudade é de “NÓS MESMOS”. Daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar sequer àqueles que mais amamos!

Tire as máscaras, ouse, tenha autonomia sobre suas emoções e seja feliz!!!!

http://jussarabarbosa.blogspot.com/

JUSSARA BARBOSA
Enviado por JUSSARA BARBOSA em 03/04/2010
Reeditado em 20/04/2015
Código do texto: T2175121
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