INTERNET: O ESPAÇO DO JOVEM MOSTRAR SUAS IDEIAS

A internet é propulsora de muitas revoluções. Uma delas é que permite a todos emitir publicamente uma opinião sobre qualquer tema, desde a gripe suína à eleição presidencial. Fato é que a grande maioria dos usuários da internet é formada por jovens estudantes ou recém-saídos da escola ou faculdade.

Até há bem pouco tempo todos os assuntos locais, estaduais, nacionais e mundiais eram discutidos por reduzidas cabeças pensantes, a maioria delas de cabelos já brancos. A internet veio exatamente inserir o jovem, o estudante no debate, fazer valer a sua voz.

É bem claro que na maioria das vezes, a opinião do jovem sobre assuntos como política internacional ou crise previdenciária nem sempre carregam a experiência desejada, mas é uma voz que deve ser levada em conta. O lado interessante é que pautas estritamente ligadas ao mundo juvenil como cotas raciais nas universidades, primeiro emprego e lazer, por exemplo, podem ser colocadas no fórum de discussão com a presença dos maiores interessados.

MAS ONDE EXATAMENTE ENTRA A INTERNET?

Pois bem, a internet oferece mecanismos como programas de mensagens instantâneas e sites como orkut, twitter e blogs, entre outros.

Em Goianésia, por exemplo, a comunidade “Goianésia”, no Orkut, com mais de 5 mil membros, é hoje o maior canal de debates da cidade, superando inclusive os programas de rádio, já que proporciona toda gama de assuntos e é aberta a quem quiser participar.

Acadêmico de Enfermagem, Alex Ricardo, moderador da comunidade criada em 2004, acredita que ali é o local mais democrático de Goianésia, ponto de encontro virtual e que também serve de palco para se debater ideias e notícias. “O jovem não é alienado, ele participa, cobra, sugere, faz acontecer também”, diz.

Temas como cobranças de promessas de campanha do prefeito (atual e o anterior); sugestões como ciclovias na área urbana; impacto socioeconômico e preconceito aos trabalhadores da Camargo Correa; melhores festas e esporte; estão constantemente na pauta da comunidade, recebendo múltiplas opiniões de pessoas de classes sociais e interesses diversos. Bem verdade que nem sempre os comentários são consoantes com o bom senso ou à ética. Este é o risco da internet: proporcionar espaço também para os baderneiros e pichadores virtuais. Mas é um risco que vale pelo custo-benefício.

Não com a mesma intensidade, mas a comunidade “Jaraguá”, também faz o seu barulho, alçando a opinião dos jovens a um lugar de destaque, o que por outras vias não seria possível acontecer.

O PODER DO TWITTER

Esta eleição que iremos votar para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual será um marco graças à internet. Alguns políticos já conseguiram antever a importância deste tipo de comunicação e estão investindo pesado nestas ferramentas.

Quem antes achava que Orkut era coisa de adolescente, precisa ver o tempo e atenção que o ex-governador de São Paulo, José Serra e o senador Marconi Perillo, por exemplo, gastam com o twitter. Político que adere à internet, território por excelência do jovem, ganha terreno. O twitter conseguiu tornar a linguagem cheia de abreviaturas e gírias dos garotos e garotas a segunda língua de todo grande político, artista, empresário e celebridade.

No twitter, que é uma espécie de microblog, toda postagem tem que ser sintética, no máximo 140 caracteres. Através dela, é possível, por exemplo, um estudante de Uruaçu, conversar diretamente com o cantor Luan Santana, saber o que ele está fazendo durante o dia, que fruta comeu na sobremessa.

UMA IDEIA NA CABEÇA E UM BLOG NA MÃO

Um pouco abaixo do Orkut e do Twitter na preferência da juventude, o blog ainda é uma ferramenta bastante útil na tarefa de divulgar ideias, produções artísticas, ideologias políticas ou mesmo futilidades.

Jovens escritores que nunca publicaram um livro conseguem manter um público cativo graças aos blogues. O mesmo acontece com músicos, artistas plásticos e ideólogos de qualquer assunto. O importante é estar plugado na rede. Uma ideia na cabeça e um mouse na mão: apenas isso basta para o jovem manifestar sua voz.

** Artigo feito especialmente para ser publicado na edição de abril do jornal Folha do Estudante (Goianésia-GO)

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 04/04/2010
Código do texto: T2176384