RACISMO

Comecei a pesquisar sobre o assunto em setembro de 2009 quando tomei conhecimento do Estatuto da Igualdade Racial foi quando li o original e o texto aprovado pela Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados sem aprovação plenária.

Com ambas as versões fiquei revoltado. Não por ser um racista ou um discriminador de quaisquer diferenças de meus pensamentos ou dos hábitos que me ensinaram quando criança.

Tenho convicção plena de que todos somos iguais seja perante a lei, perante quaisquer credos religiosos ou perante a ciência.

Feitas as opções e os esclarecimentos, vamos aos fatos.

Nas pesquisas que ando realizando para poder comentar o famigerado Estatuto encontrei um texto que me chamou atenção “RACISMO, de autoria da Dra. Ivete M. R. Favareto, publicado no Jus Navigandi nº 34 (FAVARATO, Ivete M. R. Afinal, democracia e discriminações são situações conciliáveis? Jus Navigandi, Teresina, ano 3, nº 34, ago.1999. Disponível em <HTTP://jus2.uol.com.br?doutrina/texto.asp?id=164>

Para inicio de conversa creio haver um equívoco na redação. Ela pergunta se DEMOCRACIA e DISCRIMINAÇÕES são situações conciliáveis. Acredito que NÃO. Na democracia todos somos iguais em direitos e obrigações. A descriminação não permite igualdade, logo, um individuo vai se sobre pôr ao outro, ferindo de morte o principio da isonomia (CF, art. 5º).

No resto o trabalho se me parece bem feito, mas, como a maioria desses trabalhos, não toma uma posição definida bem como as soluções apresentadas o são de maneira genérica e sem quaisquer explicitações.

Entendo, com a permissão da autora, que nossa democracia não comporta e não faz discriminações de espécies alguma. As discriminações são feitas, isto sim, por nossos governantes que não cumprem com suas obrigações, mesmo as mais primarias.

Se não temos bom ou ótimo ensino fundamental ou médio, se não temos um bom ou ótimo serviço de saúde pública ou se não temos um aparato policial que dê ao cidadão a segurança que ele precisa e merece não é por culpa de nosso ESTADO DEMOCRÁTICO E DE DIREITO.

Ele, o ESTADO DEMOCRÁTICO E DE DIREITO, sozinho não anda. É uma figura de retórica e que desenha alguma coisa que necessita de ser realizada. Necessita, assim, de homens que os queira realizar e de homens que não atrapalhem (com roubos, escândalos e uma vontade insana de estarem no poder para nada fazerem) aqueles que realmente querem trabalhar e fazer o desenvolvimento de nosso Brasil.

Não adianta medidas de saúde pública para este ou aquele grupo.

Não adianta nos censos escolares se definir quem é branco, preto, azul ou cor de rosa.

Não somos um Estado racialista, multiracial ou o que for.

Nosso Estado é um organismo que se movimenta segundo os interesses financeiros, se de A, de B ou de C, isto agora não interessa.

O que interessa é que para que todos tenham a mesma chance se faz necessário tenhamos a mesma saúde, a mesma educação e a mesma segurança cidadã.

É de se salientar, igualmente, que se faz necessário para uma boa educação que essa educação seja em tempo integral. Assim, além de melhores profissionais da área educativa é necessário a construção de novas escolas e a efetiva melhoria salarial desses profissionais, para que o interesse pelo magistério seja uma norma efetiva e não um simples meio de se conseguir um emprego.

O professor, com a garotada a seus cuidados, necessita da vontade sincera de ensinar, de educar e isso só acontecerá se sua remuneração for compatível com o encargo que lhe é atribuído.

E para que pobres e miseráveis tenham as mesmas condições que os ricos é necessário que tenham boa ou ótima saúde e boas ou ótimas escolas publicas do ensino fundamental e do segundo grau, mormente as do ensino fundamental e que aliada a essas condições haja um efetivo trabalho social junto às famílias de baixa renda para que elas se conscientizem de sua importância e possam dar a seus filhos o apoio, a atenção, o carinho e a necessária ajuda, eis que sem esse último quesito tudo se complica.

Só mediante essas condições é que o pobre ou o miserável conseguirão trabalho que lhes consiga bons ou ótimos salário, quando e então a discriminação social tenderá a acabar.

E pari passu a isso tudo seja o povo conscientizado da não existência de raças humanas, que todos somos iguais e que qualquer forma de exteriorização de “racismo”, de discriminação em razão da COR, da RELIGIÃO ou da OPÇÃO SEXUAL significa uma pretendida humilhação para a outra parte, tudo para que seus filhos não sejam influenciados por conceitos não verdadeiros.

Todo esse movimento racialista só serve para que os PROFISSIONAIS DO “RACISMO” possam conseguir benesses governamentais, posições ou oportunidades impossíveis visto sua ignorância e incapacidade.

É a malicia de alguns em detrimento do direito de todos.

Afora as questões políticas que surgirão ao transformarem o Brasil, UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO em um Brasil RACIALISTA onde tudo será feito ou realizado dando-se preferência aos NEGROS, não necessariamente POBRES ou MISERÁVEIS.