O CARNAVAL DA PEDOFILIA

José Arnaldo Lisboa Martins

Alagoas está testemunhando um carnaval fora de época, com repercussão no Brasil e no Exterior. O Senador Magno Malta, resolveu fazer aqui em Alagoas, um espetáculo deprimente, diante de todas as autoridades do Legislativo, do Executivo e, principalmente, do Judiciário. Como candidato a Governador do seu Estado, ele armou um palanque nas costas de todos os alagoanos, principalmente, do povo bom, trabalhador e religioso de Arapiraca. Eu nunca vi esse Senador na tribuna do Senado, falando sobre os pedófilos e homossexuais enrustidos que povoam os Ministérios, os Tribunais, as Assembléias, os Palácios, o próprio Senado e a Câmara dos Deputados. É nestes locais onde eles são encontrados, “na moita”, e onde transformam seus gabinetes luxuosos, em quartos de motéis. O Senador teria sido muito mais útil ao Brasil, se tivesse lutado para a instalação da CPI da Petrobrás, para apurar as imoralidades, tão criminosas como as cometidas pelos sacerdotes e coroinhas arapiraquenses. Não apuram os escândalos e fazem um “bá-fá-fá” danado, só para enlamear Alagoas. O banqueiro Daniel Dantas roubou centenas de milhões de reais, que seriam para construções de escolas e hospitais, porém, o processo contra ele, corre em “segredo de Justiça”. Por que não houve “segredo de Justiça” em Arapiraca ? Deve ter sido porque o Senador está em campanha. A pedofilia e o homossexualismo são condenáveis, mas, devem ser compreendidos como doenças. A posição social de um Monsenhor é de grande respeito, em qualquer comunidade, porém, a fraqueza humana, deixou o Monsenhor Luiz Barbosa, sem forças para superá-la. Quem mais sofre com a pedofilia, o homossexualismo e as drogas, são os pais. O Monsenhor de 84 anos, já não tem seus pais e é um criminoso como outro qualquer, todavia, deveria ter sido tratado pelo Senador com mais compreensão e educação, sem deixá-lo tão humilhado perante a comunidade boquiaberta e chocada com tantos acontecimentos inesperados.

O Senador Magno Malta agiu como se fosse um membro da Gestapo, que mandava milhões de judeus para os campos de concentração nazistas. Ele quis ser o dono da moralidade, quando expondo um ancião, antes admirado pelos seus paroquianos. O Monsenhor pecou e deve pagar pelos pecados cometidos, mas, nem por isso, merece que sejam atiradas todas as pedras sobre ele. O Senador deveria ter realizado as sessões de portas fechadas, quando mostrou o vídeo de cenas deprimentes, até para os adultos. Faltou humanismo, compreensão, educação e traquejo no inquirir. Ao chegar em Brasília, ele disse na Tribuna do Senado que vai voltar à Alagoas. Disse tudo que aconteceu em Arapiraca, inclusive, falando em “coito anal” e “coito oral”, para todas as crianças ouvirem. As autoridades de Alagoas e o povo de Arapiraca, que me desculpem, mas, se acovardaram, quando aplaudindo o Senador e permitindo que a progressista cidade fique conhecida como a “terra da pedofilia”. As cenas são chocantes e jamais deveriam ter sido expostas na televisão, mas, o Senador vem ai novamente, para denegrir a imagem de Alagoas e do povo bom de Arapiraca. A pedofilia é um crime sem perdão, mas, não só existe por aqui.

Bem, vocês vão recepcionar no Aeroporto o Senador “caçador de pedófilos” mas, tenham cuidado, pois, lá podem estar alguns homossexuais enrustidos, bem vestidos e engravatados e que não são de Alagoas .

Em tempo: Agradeço aos meus ilustres amigos e leitores: Ex-aluna Dra. Fátima Borges, Dr. Olavo Wanderley, Dr. Diógenes Tenório Filho e Dr. Cláudio de Melo Lima.

ps:Este artigo será publicado amanhã, 23/4/10, no Jornal EXTRA

José Arnaldo Lisboa Martins
Enviado por José Arnaldo Lisboa Martins em 22/04/2010
Reeditado em 22/04/2010
Código do texto: T2213287