DIA DO TRABALHO


 "O trabalho é, na maioria da vezes, o pai do prazer."      
                             Voltaire


A História do Dia do Trabalho remonta ao ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (E.U.A.). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze horas diárias para oito horas. Nesse mesmo dia ocorreu nos E.U.A. uma greve geral dos trabalhadores.

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Esse fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando grandes enfrentamentos com os policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, causando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. No final tivemos a morte de doze manifestantes e dezenas de feridos.


Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para prestar uma homenagem aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida em Paris em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado no dia 1º de maio de cada ano.


Em 23 de abril de 1919, o Senado Francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1º de maio como feriado. A Rússia segue a França e decreta o 1º de maio feriado.

No Brasil até o início da era Vargas (1930/1945) eram comuns nas grandes cidades brasileiras certos tipos de agremiações de trabalhadores, principalmente fabris (o que não constituía, no entanto, um grupo político muito forte, dada a pouca industrialização do país).

Esta movimentação operária teve influências do Anarquismo e posteriormente do Comunismo, no entanto com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente sendo dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo (uma ideologia que defendia a colaboração do capital com o trabalho). O trabalhismo foi usado pela propaganda do regime Varguista como instrumento de controle das massas urbanas: isto se vê refletido na forma como o trabalho é visto cada vez mais como um valor.


Até então, o dia do Trabalhador era considerado pelos movimentos anarquistas e comunistas como um dia de movimentos, protesto e crítica às estruturas socioeconômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, de forma sutil transforma a celebração de dia do trabalhador para o Dia do Trabalho. Esta mudança aparentemente superficial fez uma profunda modificação na forma de realizar as atividades do dia do trabalho, pois deixara de haver as passeatas e piquetes e o Dia do Trabalho passou a ser festejado com festas populares, desfiles e celebrações populares.

Atualmente esta característica foi assimilada pelo movimento sindical que chega a promover shows com grandes nomes da música popular e sorteios de casas próprias e carros.

No dia 1º maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação saúde, vestuário, educação e lazer).


Vamos terminar com uma frase de Emmanuel – “Gotas de Paz”

"Deus nos concede o privilégio de trabalharmos, a fim de agirmos por nós mesmos e para que tenhamos a bênção de substituirmos àqueles que ainda não entendem, a felicidade de trabalhar".

       
            

 
 

Ruy Silva Barbosa
Enviado por Ruy Silva Barbosa em 26/04/2010
Reeditado em 26/04/2010
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