“O FUTURO DAS CIDADES – VAMOS QUESTIONAR?”
“O FUTURO DAS CIDADES – VAMOS QUESTIONAR?”
Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo
Para falar sobre cidades e grandes centros urbanos é necessário mais que visão crítica das localidades, mas observar as questões temáticas sobre diversos ângulos.
O grande dilema para os municípios é encontrar soluções para questões como o lixo, energia, alimentos, meio ambiente, saúde, educação, cultura, ocupação urbana, transportes, segurança, turismo, trabalho, ordenamento jurídico, tecnologia e outros.
Adotar laços coerentes da razão do viver urbano, provocando a sociedade moderna a ser mais inovadora e ter audácia ecológica, com incentivos, pode transformar a realidade para sustentabilidade da vida.
Centenas de temas serão debatidas na Expo 2010, em Xangai, na China durante seis meses, uma exposição mundial que coloca em destaque a questão “Cidade Melhor, Vida Melhor”, com previsão de mais de 20 mil atividades, entre palestras, workshops e dinâmicas. São esperados 70 milhões de visitantes a esta exposição que com certeza mudará o destino das cidades do mundo, num grande esforço coletivo de melhoria de qualidade de vida da população urbana que discute o contexto da sociedade atual e como melhorar a qualidade de vida, na troca simultânea de experiências e parcerias no desenvolvimento de soluções.
O mundo ainda encontra-se carente de consciência coletiva ecológica, apesar de milhões de pessoas já adotarem a reciclagem, outras bilhões não o fazem, assim bem como o dilema da questão da comida, haverá a necessidade de encontrar soluções frente aos processos industriais e as culturas orgânicas, um caminho a ser estudado para que atenda a demanda crescente de consumo de alimentos da população de maneira mais saudável e que impacte menos no clima global.
Existem soluções para águas das chuvas, asfaltos com borrachas de pneus usados, aproveitamento de esgotos urbanos para produção de gás de cozinha, chuveiros com captadores de calor, lavagem a seco de carros, portanto vamos repensar as cidades para melhoria da qualidade de vida e auxiliar as futuras gerações.
A razão do trabalho será modificada, a mudança rápida e os movimentos de redes de conhecimento definirão o futuro das ocupações profissionais. Quanto maior for à rede de transmissão de conhecimento e informação, maiores serão as oportunidades potenciais de diminuição das desigualdades sociais, afetando diretamente as relações de empregabilidade das cidades.
O equilíbrio no acesso a cultura também é essencial para diminuição dos contrastes sociais, elevação do conhecimento coletivo popular e a união de grupos distintos em prol de uma sociedade mais realista e justa, pois, os seus valores são discutidos e apresentados em contexto real da comunidade em que está inserida. A cultura desenvolve o indivíduo, mostrando as suas faces frente a um universo nem sempre conhecido das cidades.
Existem ferramentas de tecnologia culturalmente compatíveis, a problematização centrada na cidade do cotidiano da vida local, com observações, análises, avaliação e cooperação para superação dos conflitos existentes provocará aprimoramento da gestão pública, baseada em uma nova ordem de conscientização de nosso papel como cidadão planetário para sobrevivência e subsistência do HOMEM.
Falar, pensar e argumentar, parte do processo de evolução, a raiz é buscar fazer as mesmas coisas de forma mais simples, oferecendo novas comodidades, treinando o pensamento e os olhos a perceberem o óbvio, permitindo a busca do utilitarismo real da sociedade no contexto das cidades.