O Romantismo

Na esfera Romântica

É vital nas analises de comportamentos, estudar os acontecimentos atuantes no presente do instante narrado.

Por exemplo, qual a explicação para as características dos poetas românticos? Uma delas está no contexto do cenário mundial do século XVIII. Neste século duas datas são definitivas que são 1760 e 1789.

Explodiram nessas datas duas grandes revoluções, que merecem destaque. A Revolução Industrial ( 1760), onde modifica definitivamente os rumos da espécie humana tornando o homem um mero objeto de trabalho e (1789) a Revolução Francesa, marcou fortemente o pensamento do homem, porque os sonhos não se forjaram em realidade, ao contrario encontraram obstáculos que impediram os avanços pregados pela revolução política e social.

A inevitável conseqüência é bem evidente nos escritos dos românticos, inconformismo fracasso, desilusão tristeza e rebeldia.

Com o desenrolar das revoluções um novo perfil humano surge. A objetividade, o cientificismo, o racionalismo, os modelos greco-romanos, o formalismo artístico passaram a ser questionados e aos poucos, foram perdendo espaço no universo da cultura.

Sem mecenato, os artistas perderam a sustentação e foram obrigados a procurar uma alternativa de sobrevivência. É na burguesia ascendente que encontram terreno fértil onde prosperar.

Em meio a essas mudanças a arte perdia o tom clássico. A burguesia classe diretamente vinculada ao protestantismo, mantém os traços religiosos, o apego ao amor pátrio, o gosto pelas lendas – especialmente historias da Idade Média. Ganha fôlego o admirável mundo de sonhos, as fugas e a loucura. De uma forma geral, os românticos concentram seus melhores dons a temática: Emoção.

Entretanto, sobrevivia ainda à tentativa de reformar o mundo, a busca do homem puro, entende-se então a linguagem utópica destes poetas.

Vestidos em trajes com cor tendente sempre aos horrores, destacam o individualismos. Passando a concentrar-se em seu universo íntimo. Confrontam-se rapidamente nas indomáveis relações eu.

Nasce o universo das angustias, do desespero, dos amores impossíveis, da dor tão cortante e presente que impulsiona o poeta romântico á buscar abrigo nas sombras inertes da morte.

Essas substâncias de essência romântica são tão facilmente vista em quadros de grandes artistas deste período, como Caspar David Friedrich. Inclusive fica o convite aos interessados, de analisar os quadros deste grande artista.

Um dos quadros que abordam intensamente a visão do poeta romântico é: O viajante acima do mar de nuvens de 1818. Perfeito o quadro. Esbanja subjetividade, levando o observador a refletir em emoções não efêmeras. Aumentado recordações ou divagando nas figuras que formam as nuvens.

Nos versos tristes e pessoais, ou nos jogos de imagens, os contrastes entre claro e escuro atestam o desequilíbrio, que fazem de muitos homens casas vazias cheias de frustrações, driblando o mistério escuro da pura alma solitária.

Findo esta pequena tentativa de um artigo com um verso não de um poeta da escola Romântica, mas de um Grande poeta merecedor do titulo Romântico, pois ele soube planar na temática Solidão mantendo-se só em meio aos ventos fortes e turbulentos da paixão. Deixando claro que o depressivo não quer morrer, apenas busca incessantemente a Vida.

“Meu coração bate sozinho no velho moinho da solidão.” Mário Quintana.

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