O Tempo na História

PALAVRAS DE VIDA

Pr. Serafim Isidoro.

O TEMPO NA HISTÓRIA

“Em archê epoiêsen o Theos ton ouranon kai tên gên...”

No princípio [do chamado tempo] fez Deus o céu e a terra...

“Em archê hên o logos kai o logos hên pros ton Theon kai Teos hên o logos...”

No princípio [do chamado tempo] era o Palavra e o Palavra era para Deus e Deus era o Palavra... (Tradução literal).

Destaca-se do círculo eternidade mais uma das muitas épocas denominadas tempo – os tempos de Deus – quando uma nova história terá início na formação de mais um universo que será o palco de dispensações que durarão longos períodos deste chamado tempo. A Trindade eterna tudo comanda, cria e gera movimentando-se no afã de que todas as coisas revertam à Sua própria glória. Não é Ela um Deus egoísta, já que vai criar e gerar seres que também se tornarão gloriosos, participantes portanto, da Sua imensa glória.

Bíblicamente, no início desta criação portentosa, os primeiros protagonistas são os anjos – anguelos, mensageiros – magníficos em poder, habitando uma região terrestre, o Edem, depois denominada “Crescente Fértil”, onde a atuação de tais criaturas envolvem o termo comércio - emporias - o que indica ação, não inércia deles.

Destaca-se um chefe denominado Querubim Ungido – Eôsforos – estrela da manhã. A duração desse período nos é uma incógnita, porém culmina em uma rebeldia daquele chefe que pretendeu subir ao céu com seus conregados (eles estavam na terra) e fazer o seu trono acima do trono do Altíssimo. Nesta pretensão foram destronados e expulsos da terra e teológicamente os entendemos levados para o Aêr – Ares, equivalente a regiões celestiais no texto grego. Finda-se a dispensação dos anjos e inicia-se a dispensação humana com a produção (poiêma) do homem e da mulher, Adão e Eva.

Esta é a mais importante história do ciclo do tempo porque envolve não somente uma criação e uma queda, mas também uma redenção – apolythrosin – que recuperará o ser perdido, elevando-o, no futuro, acima dos anjos, aqueles magníficos em poder. O autor e consumador desta fé e desse ato é o Logos, o Palavra, o Verbo divino. O espiritual componente da Trindade desvestir-se-ia de Suas prerrogativas de Deus – Fp. 2.7-8 – teria um corpo gerado em uma virgem através do poder do Espírito Santo, tabernacularia – skenôsen – com os homens, seria morto (assassinado) mas ressuscitaria ao terceiro dia tornando-se o remidor de todos aqueles que Nele cressem e O aceitassem como único e suficiente Salvador, porque Ele veio para o que era Seu e os Seus não O receberam; mas a todos os que O recebem, concede-lhes a autoridade – echousian - de serem, filhos de Deus, a saber, os que crêem no Seu nome.

Só Jesus.

(Obs. – os textos em grego, V.T., são da Septuaginta).