ESCREVER
Tenho andado por aí palestrando e ministrando cursos para autores que desejam ser publicados. Invariavelmente a pergunta se repete: “- Como se escreve?”. Penso que esta questão tem respostas que ficaram num tempo remoto da vida de toda gente. A escola nos cobra isso, a família nos pede isso, a sociedade exige isso. Desde que aprendermos a ler, somos arrebatados pela argüição: “Como se escreve?”. Prevalecendo a cobrança, vamos desde cedo, adormecendo nosso potencial criativo. Tornamo-nos críticos ao extremo ou acovardados à criação. Por todas essas reflexões, costumo começar as aulas pedindo que meus alunos sejam crianças e me contem uma história. Faço isso com pessoas de todas as idades. Ali percebo o quanto escrever tem a ver com libertar. E como ser multiplicador de palavra tem a ver com perceber, resgatar, tornar prazerosa a aprendizagem, incentivar, encorajar...Uma vez isso posto, é mergulho no inconsciente do mundo. A responsabilidade é, consequentemente, a possibilidade de poder falar em todos os estilos, de todas as formas, com diferentes nuances que remetam às escolas literárias em suas manifestações diversas, sem, contudo, tornarmo-nos superficiais, previsíveis, redundantes. Escrever é, portanto, penetrar o coração do mundo. Deixar-se invadir e contaminar por todos os ícones que compõe a grande rede universal. Deixar-se fluir por uma tal inspiração que não se explica, creio que venha do divino, toque o coração, retorne à mente para sorver a bagagem adquirida, e então, se derrame pela grafia, através de mãos-instrumento - do sentir e do pensar da humanidade.
Tenho andado por aí palestrando e ministrando cursos para autores que desejam ser publicados. Invariavelmente a pergunta se repete: “- Como se escreve?”. Penso que esta questão tem respostas que ficaram num tempo remoto da vida de toda gente. A escola nos cobra isso, a família nos pede isso, a sociedade exige isso. Desde que aprendermos a ler, somos arrebatados pela argüição: “Como se escreve?”. Prevalecendo a cobrança, vamos desde cedo, adormecendo nosso potencial criativo. Tornamo-nos críticos ao extremo ou acovardados à criação. Por todas essas reflexões, costumo começar as aulas pedindo que meus alunos sejam crianças e me contem uma história. Faço isso com pessoas de todas as idades. Ali percebo o quanto escrever tem a ver com libertar. E como ser multiplicador de palavra tem a ver com perceber, resgatar, tornar prazerosa a aprendizagem, incentivar, encorajar...Uma vez isso posto, é mergulho no inconsciente do mundo. A responsabilidade é, consequentemente, a possibilidade de poder falar em todos os estilos, de todas as formas, com diferentes nuances que remetam às escolas literárias em suas manifestações diversas, sem, contudo, tornarmo-nos superficiais, previsíveis, redundantes. Escrever é, portanto, penetrar o coração do mundo. Deixar-se invadir e contaminar por todos os ícones que compõe a grande rede universal. Deixar-se fluir por uma tal inspiração que não se explica, creio que venha do divino, toque o coração, retorne à mente para sorver a bagagem adquirida, e então, se derrame pela grafia, através de mãos-instrumento - do sentir e do pensar da humanidade.