A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA

A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA

O que se entende por revolução? Revolução tem uma sinonímia muito vasta e importante nos deixa transparecer que está anelada ao progresso. Derivado do latim revolutione significando o ato ou efeito de revolver (-se) ou revolucionar (-se). Rebelião armada; revolta, conflagração, sublevação. Transformação radical e, por via de regra, violenta, de uma estrutura política, econômica e social. Qualquer transformação violenta da forma de um governo. Transformação radical dos conceitos artísticos ou científicos dominantes numa determinada época, associa-se também as sinonímias volta rotação e giro, mas não para por aí. Podemos inserir perturbação, agitação, rotação em torno de um eixo imóvel, transformação natural da superfície do globo e o movimento de um astro em redor de outro.

Podemos classificá-las de diversas formas, tais como: “Revolução anomalística - Intervalo de tempo necessário para que um astro descreva a sua órbita, a partir do periastro, e que usualmente se refere à Lua, valendo, neste caso, 27,5546 dias; período anomalístico, mês anomalístico”. Revolução dos Cravos Vermelhos. Revolução democrática ocorrida em Portugal, em 25 de abril de 1974, e que deu lugar à deposição do primeiro-ministro Marcelo Caetano (1906-1980). Revolução draconítica - intervalo de tempo que separa duas passagens consecutivas da Lua pelo mesmo nodo de sua órbita, e vale 27,21222 dias; mês draconítico, mês nódico, revolução nódica, período draconítico, período nódico.

A revolução industrial uma das mais importantes foi uma mudança ocorrida na indústria, a partir do séc. XIX, quando os meios de produção, até então dispersos, e baseados na cooperação individual, passaram a se concentrar em grandes fábricas ocasionando profundas transformações sociais e econômicas. Revolução nódica, revolução draconítica, revolução sinódica, intervalo de tempo que separa duas faces idênticas e consecutivas de um astro. Revolução sinódica da Lua que corresponde a 29,53059 dias; mês lunar; lunação. [Sin. ger.: período sinódico, mês sinódico.] Revolução sinódica dos nodos. Intervalo de tempo que separa os dois instantes em que o mesmo nodo da órbita lunar tem a mesma longitude celeste. Colocamos a disposição de todos o que poderíamos contar como sinonímia de revolução.

A ciência moderna nasceu na Europa do século XVII. Os principais responsáveis pelas novas ideias sobre a natureza foram os filósofos e científicas Galileu Galilei, René Descartes, Francis Bacon e Isaac Newton. O método científico descoberto no século no século XVII também dava muita importância à Matemática. “O livro da natureza está escrito em caracteres matemáticos”, disse Galileu. A Revolução Científica do século XVII criticou as teorias dos gregos antigos Aristóteles e Ptolomeu, que ainda predominavam nas universidades. Os novos pesquisadores só confiavam nos conhecimentos que pudessem ser comprovados pelas experimentações.

O grande Ptolomeu nasceu na cidade de Ptolomais, à beira do rio Nilo, 200 anos DC. Ele foi o último astrólogo. Não era parente dos reis do Egito com o mesmo nome. Defendeu o mundo geocêntrico (a Terra como centro do universo) que foi assim considerada por 1500 anos! Isso mostra que muitas cabeças inteligentes podem ficar completamente erradas por séculos. Todos eles acreditavam que os planetas giravam em círculos perfeitos ao redor da Terra. Os astrólogos de hoje não sabem nada sobre precessão dos equinócios (o eixo da Terra gira num círculo de 360º durante 23000 anos), mas Ptolomeu sabia. Eles não sabiam nada sobre galáxias, pulsares, aglomerações, buracos negros, etc.

Tudo isso foi descoberto depois, mas Ptolomeu era um observador e não um astrólogo de cadeira. Ele deu nomes às estrelas, fez uma lista delas, previu os eclipses - mas com um pequeno erro, que ele simplesmente falsificou depois (o que nos é muito familiar). Ele acreditava que a Terra era o centro do universo e os planetas giravam ao redor dela. A distância dos planetas a Terra não poderia ser muito grande, senão a velocidade desse círculo que gira precisaria ser enorme para os planetas aparecerem e desaparecerem a cada 24 horas. Cada vez que nosso conhecimento aumenta, nós nos tornamos mais conscientes da nossa quase insignificância. Ptolomeu, mesmo errando em muitas coisas, contribuiu muito para incentivar os que vieram depois dele, que também erraram, mas também serviram de degrau para se ficar mais e mais perto da verdade.

O nascimento da ciência foi à revolução científica do século XVII. Na pré-história, na Antiguidade e na Idade Média, a humanidade descobriu muitas coisas importantes sobre a natureza e o mundo. Aprendeu a fazer tijolos, fogo e metais, bem como a colher a plantação na hora certa, a usar alavanca para levantar um peso, a construir um navio a vela, a tomar chá para diminuir a febre, a construir canais de irrigação e a transformar vinhos em vinagres. O que chamamos de ciência só começou a existir realmente a partir do século XVII. Você já imaginou se não existissem as máquinas, as lâmpadas elétricas, os automóveis, as vacinas, o computador, o rádio, o telefone e a tevê? Seria um atraso total. Isso só foi possível com a descoberta da ciência.

Na idade Média, o pensador grego Aristóteles no século IV A.C, era considerado o maior de todos os sábios. A partir do século XIII, as ideias aristotélicas sobre a natureza praticante se tornaram a ciência oficial da Igreja Católica e das universidades europeias. No fundo, a revolução científica do século XVII foi o grande rompimento com o passado aristotélico da ciência. Alguma coisa só poderá ter sua finalidade conhecida através do estudo científico, através dos métodos científicos. A ciência tem ligação com a astrologia? De que signo você é?”Os geminianos são os mais inteligentes, quem é do signo de Áries será bem sucedido”.

Essa crença nasceu na Babilônia antiga, os astrólogos acreditam que a posição do sol, dos planetas e estrelas influenciam a personalidade e as oportunidades que aparecem na vida da pessoa. Pura ilusão, pois hoje os cientistas rejeitam essa teoria. Durante o século XVII a Europa sofreu uma longa crise econômica. A produção diminuiu e o comercio declinou. Manufaturas fechavam e famílias abandonavam as cidades para viver no campo. O número de mendigos cresceu assustadoramente. Para piorar a situação, os Estados absolutistas aumentavam os impostos para sustentar inúmeras guerras. Os conflitos entre católicos e protestantes, e a disputa de poder entre Áustria, Suécia, França e Espanha levaram à Guerra dos Trinta anos (1628-1648), que arrasou grande parte da Alemanha.

A importância europeia da França do Rei Sol ficou evidente durante o governo de Luís XIII, que seguia as ideias de seu enérgico e inteligente ministro, o cardeal Richelieu. Surgia o absolutismo em seu apogeu que teve ponto forte no reinado de Luís XIV(1661-1715). Estamos aqui apenas enumerando algumas nuanças e aspecto da evolução da revolução cientifica. Segundo Mario Schmidt o período da revolução científica, compreendido entre os séculos XVI e XVII, constitui um complexo campo de estudos. A simples determinação do período histórico em que ocorreu a dita Revolução ainda hoje não é consenso; a sua origem de fato remonta há muito tempo antes.

Já Maicol Martins de López Coelho faz algumas citações sobre este importante período vivido pela humanidade. “A discussão a respeito das características da revolução científica é ampla, comporta grande número de definições, obtidas de numerosos e diferentes pontos de vista”. Alexandre Koyré afirma que, a revolução científica representa o abandono, pelo pensamento científico, de concepções baseadas em conceitos de valor, como perfeição, harmonia, significado e objetivo, substituindo-as por um universo indefinido e até mesmo infinito que é mantido coeso pela identidade de seus componentes e leis fundamentais, e no qual todos esses componentes são colocados no mesmo nível de ser.

Já o pensador Herbert Butterfield, por sua vez, considera que o alcance dessa revolução é tão vasto que a transforma na própria origem do mundo moderno e da sua mentalidade. O italiano Paolo Rossi, ainda, afirma que a chamada Revolução Científica não consiste apenas nas transformações radicais que se verificam na matemática, na física e na cosmologia. “Consiste também na gestação e na laboriosa construção de ciências novas particulares; na emergência de novos territórios e âmbitos ou famílias de problemas que se tornam objetos novos de ciência”. Concluindo essa singela matéria nós queremos afirmar que para se estudar a revolução científica, ampla e complexa, de tantas definições, torna-se fundamental entender elementos que a precederam e fizeram, e sua interação com os conceitos vigentes à época.

Tão importante quanto entender o Estudo anatômico sobre o movimento do coração e do sangue nos animais, de William Harvey, ou o Diálogo sobre os dois maiores sistemas, de Galileu Galilei, é entender a época, as transformações e ferramentas que permitiram aos estudiosos elaborarem seus trabalhos. Tão importante quanto entender a Harmonices mundi, de Johannes Kepler, é Identificar a interação entre indivíduos novas informações, novos comportamentos, o novo instrumental técnico e teórico à disposição, as atitudes frente a antigos e novos conceitos, frente a antigas e modernas filosofias e visões de mundo. Aliás, para obtermos conhecimento o estudo é muito importante e indispensável.

Na história da ciência, revolução científica é o período que se dá a partir de quando Galileu, Kepler, entre outros pensadores do século XVII iniciam suas descobertas. A partir desse período, a Ciência, que até então estava atrelada a Filosofia, separa-se e passa a ser um conhecimento mais estruturado e prático. A maior revolução científica de todos os tempos ocorreu no início do século XV e modificou a estrutura da ciência, o que poderia explicar sua grande influência no pensamento humano. As causas principais da revolução podem ser resumidas em: renascimento cultural, a imprensa, a reforma protestante e o hermetismo.

A imprensa, inventada neste mesmo período, desempenhou um papel fundamental na revolução científica. (Wikipédia).

Assim, desapareciam os erros de interpretação e cópia que acabavam por deturpar as traduções. A impressão em língua vernácula permitiu uma maior divulgação de material se comparado aos escritos em latim, que eram compreendidos apenas pelos estudiosos desta língua. Finalmente, o hermetismo selou a revolução, na medida em que representava um conjunto de ideias quase mágicas, mas que exaltavam a concepção quantitativa do universo, encorajando o uso da matemática para relacionar grandezas e demonstrar verdades essenciais.

A difusão da matemática criou um ambiente propício para o desenvolvimento de um método científico mais rigoroso e crítico, o que modificou a forma de fazer ciência. Não é necessário enumerar as consequências deste período na história da ciência. Todos os grandes desenvolvimentos posteriores talvez não tivessem sido possíveis sem a reestruturação científica. Como toda revolução, esta não ocorreu de maneira isolada ou por motivos próprios, mas foi consequência principalmente de uma nova sociedade imbuída em novas ideias. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AOUVIRCE- DA UBT E DA AVSP

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 14/08/2010
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