ZOMBAM DOS TRIBUNAIS

José Arnaldo Lisboa Martins

Estou voltando ao assunto sobre pesquisas, por não aceitar alguns percentuais imorais que estão sendo divulgados. Minha empresa vem fazendo pesquisas em vários municípios de Alagoas e, os resultados obtidos junto aos eleitores, estão muito diferentes dos registrados e divulgados pela imprensa, por outros Institutos e, os meus são honestíssimos. Há uns 21 dias, eu falei sobre duas pesquisas de Institutos diferentes, feitas no mesmo dia, uma dizendo que Dilma estava empatada com Serra e a outra dizendo que Dilma estava 9 % na frente do concorrente. Um Instituto mentiu descaradamente. Os 9 % da diferença, correspondem a 12 milhões de votos, num Universo de 136 milhões do eleitorado brasileiro. Uma semana depois, o mesmo Instituto disse Dilma estar com 20 % na frente do Serra, sem nenhum motivo que justificasse tamanho crescimento. Ora, 20 % a mais, quer dizer que Dilma está na frente em 27 milhões de votos e, estes milhões correspondem a todos os eleitorados juntos, dos Estados da Bahia, de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba, de Sergipe e de Alagoas. É como se, nestes 6 Estados, Serra tivesse tido Zero % de preferência e a Dilma 100 % dos votos. A Matemática desmascara os Institutos mentirosos que estão zombando dos Tribunais, dos Partidos, dos Candidatos e dos Eleitores. A tática dos mentirosos, agora, é irem baixando as diferenças, depois de já terem influenciado os eleitores. Nesta semana, o GAPE de propriedade do Collor, disse que ele estava com 38 % e Ronaldo com 23 %, nas intenções de votos, uma diferença de 15 %. No mesmo dia, o IBOPE disse que Ronaldo estava com 29 % e Collor com 28 %. Um dos dois mentiu descaradamente e eu estou denunciando a maracutaia, com base nos números registrados e divulgados. Outra safadeza, é o tal de “erro pra mais ou pra menos”, que os Institutos se preocupam em divulgar e que não interessam aos eleitores. Se numa pesquisa eles disserem que o erro é de 3 % pra mais ou pra menos, e ao abrir as urnas a diferença for de 6 %, eles irão dizer que acertaram. Os erro por eles divulgados, esconderão as manipulações.

A Resolução do TSE para Pesquisas Eleitorais é enorme, de 8 laudas. Por ela, um Instituto só pode divulgar resultados, se disser quantas pessoas entrevistou, em quais dias, em quais locais, quem contratou, quem pagou, qual a origem do dinheiro, qual o método utilizado, etc, etc. Nada disso impede resultados mentirosos. Nenhuma fiscalização, Partido ou Candidato inconformado, vai voltar às cidades e povoados para saberem quantas e quais pessoas foram ouvidas. Seria outra pesquisa em cima da anterior, ouvindo as mesmas pessoas, nas mesmas localidades, com os mesmos pesquisadores e os mesmos quesitos. O Instituto desonesto, preenche as “fichas de campo” que bem entender, dentro de um gabinete e ninguém vai mais saber quem preferiu Dilma, Serra, Téo, Ronaldo ou Collor. A Resolução do TSE e os Registros nos TREs, de nada adiantam contra Institutos que fazem “tudo por dinheiro”. Ninguém vai saber se foram mesmo ouvidas as 2.000 pessoas, onde elas se encontram e quais as suas preferências ou rejeições. Além de tudo, quando um Instituto diz que entrevistou 2.000 pessoas em 170 municípios, está dizendo que só ouviu a opinião de 12 pessoas em cada um, ou seja, 12 pessoas em todo o Rio de Janeiro, 12 em toda São Paulo, 12 em toda Belo Horizonte e assim por diante. Deveriam ser proibidas as divulgações de pesquisas. Elas só serviriam, particularmente, para o planejamento das campanhas, pelos partidos ou candidatos. Assim acabaria a picaretagem de Institutos trambiqueiros.

Final - Agradeço aos amigos e leitores assíduos: Helvécio Afonso de Melo, Jurandir Araújo Omena e Coronel Cláudio Omena.

José Arnaldo Lisboa Martins
Enviado por José Arnaldo Lisboa Martins em 26/08/2010
Código do texto: T2461490