Remissão

PALAVRAS DE VIDA

Pr. Serafim Isidoro.

REMISSÃO

“E que em Seu nome se pregasse a remissão de pecados”. – Lc. 24.47.

Remir é vocábulo ligado à teologia judaica e define um pagamento de algo que fôra penhorado. É a reaquisição. Tem a ver com a justiça – exigência da lei divina. Entende-se que tudo no mundo ou no universo seja regido por leis previamente estabelecidas e imutáveis. No cosmo nada é anarquia. No interior do ser humano também há leis e regras imutáveis, igualmente preestabelecidas, a que denominamos leis morais.

Pecado é a transgressão da lei divina. Não importa se tal ser humano o reconheça ou não, porque no profundo do seu interior há uma voz, um atributo que é a consciência, a qual veladamente informa-o de seu estado transgressor. Tornar essa voz consciente ou não é prerrogativa humana.

A moderna psicologia recomenda afastar de si todo sentimento de culpa. Não é assim com as sagradas escrituras. Estas ensinam o reconhecimento consciente até de maus pensamentos. Sem leis é o caos. Abafar ou desprezar a consciência não isentará o homem – genérico homem ou mulher – das conseqüências de suas culpas, de seus pecados, de suas responsabilidades diante da divindade.

A teologia declara um juízo final a todas as criaturas humanas, quando então se dará conta dos pensamentos, atos e intenções. Infalivelmente, todos responderão pelo que viveram ou escolheram. Mas também estabelece uma forma de pagamento da divida para com Deus:

Jesus.

Ele é a propiciação – outro vocábulo judaico – pelas nossas transgressões. Dizem as escrituras que se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. - Declaração larga para quem tenha divida para com Deus, para quem aguarde um juízo vindouro.

Mas este perdão, oferecido no Cristo, custou um pagamento por parte Dele. Na simbologia judaica, um cordeiro era oferecido morto em lugar do penitente. A remissão dos pecados exigiu o pagamento também de sangue de uma vida sacrificada:

Jesus.

E em Seu sangue nos lavou de nossos pecados, diz o livro Apocalipse. O preço para trazer de volta o homem à santa presença de Deus, para purificá-lo, remi-lo, foi a morte propiciatória não de um cordeiro, mas do único gerado Filho de Deus, o Emanuel, Deus conosco que por seis longas horas agonizou e finalmente morreu pelos nossos pecados. Morte substitutiva, um cumprimento da exigência: “Toda alma que pecar, esta morrerá”.

Só Jesus.

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O Pr. Th. D. Honoris Teologia, D. D. Serafim Isidoro, oferece seus livros, apostilas e aulas do grego koinê: serafimprdr@ig.com.br.