Brasil, até quando?

Relutei muito antes de escrever este artigo.

Primeiro porque não sou uma escritora diária. Escrevo quando as palavras desordenam minhas emoções. Precisam de liberação e se não as liberar, perco a noção do espaço.

Gosto muito de versar sobre o amor e suas conseqüências. Tão mais seguro do que falar de política, por exemplo.

O que acontece é que não posso deixar de escrever sobre a nossa democracia. Nossa. De nós, brasileiros. Onde tudo é permitido, menos vazar informações reais sobre governo.

Eu diria, desgoverno: que nada vê, nada sabe, nada ouve. É claro, a lama o faz afundar. Isso o torna, realmente, deficiente. Porque a realidade, ainda, não foi mostrada. Temos apenas uma noção do rombo aos cofres. Creio que nem mesmo quem está tirando, saiba a quantidade da grana que já foi.

Esse imenso País, maravilhoso, pródigo e extremamente fácil de sacar. Saques. Milhões de brasileiros esfomeados, sem instrução, sem saúde, no abandono. E no entanto, os impostos são os mais altos do mundo. Só que imposto não é problema. Problema é ter que conviver com promessas, promessas e promessas, dessa politicagem barata e toda a população pagar pelo descaso e ainda sentir que não vive, apenas vegeta.

Nosso País já era. Somos milhões de brasileiros, entregues à mercê de canalhas. Isto é tortura. Pior que a ditadura, onde só os que se rebelavam eram punidos. Agora, não. Todos nós estamos sendo crucificados. E estamos sendo lesados no que temos de melhor, que é a esperança. E um povo sem esperança, adoece ainda mais um País.

Ando exausta dessa imensa pizzaria que o poder produziu. É indigesta. É indigna. É absurda.

Quero de volta a credibilidade, a honestidade e principalmente o verdadeiro progresso.

Com pessoas no poder, dignas de nós brasileiros!