JESUS nasceu seis dias antes da Páscoa

Jesus fazia aniversário no dia oito de abril, seis dias antes da Páscoa, conforme o que se deduz dos evangelhos (Lc 2, João 12):

"Seis dias comerás pães asmos, e, no sétimo dia, é solenidade ao SENHOR, teu Deus; nenhuma obra farás" (Dt 16:5-8).

“Quando ele (Jesus) atingiu os doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa (da Páscoa)” (Lc 2:41,42).

No dia 14 do mês de abril era a Páscoa.

Jesus, também atingiu a idade de doze anos no dia 8 de abril do ano um (o correto é ano zero) do nosso caalendário, e estava apto, segundo as leis vigentes, para subir de Nazaré na Galiléia para Jerusalém, como de fato subiu com seus pais.

Esta viagem a pé e em lombos de burros deve ter demorado de três a cinco dias, pois eram 120 km de subida de montes, mas, certamente chegaram a tempo de prepararem a Páscoa.

“Segundo o costume da festa” era recomendado que não se levassem a Jerusalém, nesta ocasião da Páscoa, menores de doze anos, a fim de que não se extraviassem, porque esta cidade que tinha cerca de 120.000 habitantes, ficava atulhada de peregrinos e sua população subia para mais de dois milhões de pessoas, segundo o historiador Flávio Josefo.

Também as cidades circunvizinhas a Jerusalém, como Belém, Betânia, Anatote, Geba, Micmas, Mispa, etc., ficavam superpovoadas.

A distância das cidades limítrofes de Jerusalém, que hospedavam os peregrinos, era de 20km no máximo, para que os celebrantes tivessem tempo para voltar para suas casas, ou hospedarias, ainda no transcorrer do dia da Páscoa.

"Sairás pela manhã e voltarás para a tua tenda".

A festa da Páscoa só podia ser celebrada em Jerusalém (Dt 16:5-7).

Isto, uma superpopulação de Jerusalém, também aconteceu quando Jesus nasceu, ao ponto de sua mãe, Maria, ter que concebê-lo numa estrebaria de Belém.

Naquele ano, do nascimento de Jesus, se realizava o recenseamento, ou seja: os romanos aproveitaram-se da super concentração de Jerusalém e arredores, para fazer isto.

Na semana que antecedeu à sua crucificação, Jesus ia e vinha, entre Betânia e Jerusalém (Mc 11:1,11,12,15,20 e 14:3,13,17,26,32).

Seis dias antes da Páscoa, os amigos de Jesus: Marta, Maria, Lázaro e os apóstolos deram uma ceia à ele, e lhe deram de presente e o ungiram com uma libra de bálsamo puro, que era de muito valor (Jo 12:1-5).

“...Os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes” (Jo 12:8).

Isto é uma alusão de que naquele dia Jesus estava fazendo aniversário, e comemorando com eles, e isto era mais importante do que qualquer outra coisa.

Jesus, nesta frase está a dizer: Tendes 364 dias para lidar e cuidar dos pobres; mas, no dia de hoje, que é o meu aniversário, dedicai-o a mim, pois, até o final desta semana, voltarei para o meu Pai, que está nos céus.

João e Lucas, por sabedoria divina, mencionam subjetivamente a data natalícia de Jesus como sendo seis dias antes da Páscoa (Jo 12:1-5 e Lc 2:42).

Segundo Lucas, este nascimento se deu na primavera, antes do verão, pois, os pastores estavam no campo, e por isso as estrebarias estavam vazias e puderam acolher Maria e José.

E Maria ali deu a luz a Jesus, e o pôs numa manjedoura. Mangedoura é o "prato grande" onde os animais comem da forragem posto nele. Logo, esta mangedoura estava vazia.

25 de dezembro, em Israel, é dia de forte inverno. E os currais ficam ocupados pelo gado.

O anjo do Senhor deu a notícia do nascimento de Jesus aos pastores que viviam no campo e guardavam o seu rebanho, a céu aberto, no campo, durante as vigílias da noite (exceto no inverno, quando ocupavam as estrebarias com o seu gado) (Lc 2:8-14).

O Natal em 25 de dezembro era uma festa dos pagãos romanos, e era dedicada ao nascimento do seu deus Sol.

Deus abomina todos os ídolos mas, principalmente esta festa de culto ao sol (Lv 26:30).

Os pagãos da Síria, nos dias 25 de cada mês, ofereciam holocaustos a seus deuses (1º Macabeus, 1:62).

"25 de dezembro NÃO poderia ter sido o nascimento de Jesus, porque era inverno e nesta estação os pastores não ficavam com seus rebanhos no campo, mas traziam-nos para a invernada nos estábulos.

Se fosse a invernada do rebanho, nem na estrebaria haveria lugar para Jesus nascer", disse Adam Clarke.

"VIMOS A SUA ESTRELA NO ORIENTE"

O ano sinódico de Vênus é de 583,92 dias terrestres.

Na conjunção superior, aos 292 dias, ele está exatamente atrás do Sol. Depois, ao 583,92 dias ele Vênus está em conjunção inferior, entre a Terra e o Sol.

Trinta dias antes de chegar aos 292 dias, e trinta dias depois, Vênus é eclipsada pelos raios do Sol e não é vista da Terra.

Os magos avistaram Vênus no 322º dia do ano sinódico de Vênus, e faltavam 262 dias para Vênus alcançar a conjunção inferior, que se deu em (30 de dezembro do ano 11 a.C. - contando com o ano zero) ou (sem o ano zero se deu em 30 de dezembro de 12 a.C.).

Neste período de 262 dias, nos primeiros 221 dias, tão logo aparece a leste do Sol, Vênus é chamada de estrela da tarde. Nos 41 dias seguintes Vênus atinge a conjunção inferior.

Na conjunção inferior, Vênus fica um ou dois dias sem ser vista a olho nu, da Terra, pois está entre a Terra e o Sol.

Após dois dias invisível, no transcorrer da conjunção inferior, Vênus aparece a oeste do Sol nascente, e é chamada de estrela da manhã.

Jesus foi CONCEBIDO no início do ano sinódico de Vênus (estrela da manhã): em 09 de dezembro de 13 a.C. - e nove meses depois, Jesus nasceu, em 08 de março do ano 13 a.C.

Por isso, João se refere a Cristo, como a brilhante estrela da manhã (Ap 22:16).

Herodes morreu no final do ano 6 (sem ano zero) ou 5 a.C. (com ano zero) , antes, portanto, do ano 4 a.C. (A Paixão - Editora Record - Geza Vermes - 2007 - página 19).

O ano 4 a.C. não poderia ser o ano da concepção ou nascimento de Cristo, pois, o rei Herodes (o grande) estava morto.

"Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes (o grande) eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam (para o povo): Onde está o recém nascido rei dos judeus? Porque VIMOS a sua estrela (Vênus) no Oriente, e viemos para adorá-lo" (Mt 2:1,2).

Os magos, caminharam por 262 dias, da Babilônia (atual Iraque) a Jerusalém, quase dois mil quilometros, se orientando pela estrela da manhã (Vênus). E, já em Jerusalém, perguntaram ao povo onde poderiam achar o recém nascido rei dos judeus.

Este assunto chegou aos ouvidos do rei Herodes, deixando-o alarmado. E o rei chamou os magos, e também seus sacerdotes e escribas para saber mais deste assunto. E depois, o rei se reuniu com os magos, secretamente, e inquiriu deles, com PRECISÃO quanto ao tempo em que a estrela aparecera.

PRECISÃO: 730 dias, ou dois anos, do aparecimento de Vênus, que era igual ao tempo em que Jesus foi concebido, ou seja, dois anos também. Herodes mandou matar todos os meninos com menos de dois anos de idade, conforme o tempo do qual, com precisão se informara dos magos (Mt 2:7,16).

Depois de ouvirem ao rei, os magos partiram para Belém, e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia. E a estrela PAROU (ficou invisível) ao chegarem onde se encontrava o recém nascido (Mt 2:9). E um ou dois dias depois, a estrela voltou a aparecer, deixando-os extremamente alegres (Mt 2:10).

Os magos, entendidos em astronomia, se alegraram intensamente com aquela súbita parada (invisibilidade) de Vênus, e o seu reaparecimento após um ou dois dias, pois, isto indicava o início de um novo ano sinótico de Vênus, e, portanto, o local da profecia de Balaão era ali mesmo.

"contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro" (Nm 24:17).

Vênus, o terceiro astro mais brilhante nos céus, sempre é vista, exceto quando por 60 dias está atrás do Sol, e também, por um ou dois dias quando está entre a Terra e o Sol. Portanto, é inegável que a estrela que os magos viram era Vênus, a estrela da manhã,.

"assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã (Ap 2:28 ).

"Eu sou a raiz e a geração de Davi, a brilhante estrela da manha" (Ap 22:16).

Os magos presentearam o menino Jesus com ouro, incenso e mirra. Deus Pai presenteou seu Filho, Jesus, com a brilhante estrela da manhã.

SEQUÊNCIA DOS DOIS ANOS

22 dias .... 09 a 31 de dezembro de 0013 a.C. ... concepção de Jesus

30 dias .... 01 a 30 de novembro de 0013 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de outubro de 0013 a.C.

30 dias .... 01 a 30 de setembro de 0013 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de agosto de 0013 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de julho de 0013 a.C.

30 dias .... 01 a 30 de junho de 0013 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de maio de 0013 a.C.

30 dias .... 01 a 30 de abril de 0013 a.C.

08 dias .... 01 a 08 de março de 0013 a.C. ... 274 dias = 9 meses ....

Jesus nasce.

23 dias .... 09 a 31 de março de 0013 a.C.

28 dias .... 01 a 28 de fevereiro de 0013 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de janeiro de 0013 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de dezembro de 0012 a.C.

30 dias .... 01 a 30 de novembro de 0012 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de outubro de 0012 a.C.

30 dias .... 01 a 30 de setembro de 0012 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de agosto de 0012 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de julho de 0012 a.C.

30 dias .... 01 a 30 de junho de 0012 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de maio de 0012 a.C.

30 dias .... 01 a 30 de abril de 0012 a.C.

08 dias .... 01 a 08 de março de 0012 a.C .... 365 dias = um ano

23 dias .... 09 a 31 de março de 0012 a.C.

28 dias .... 01 a 28 de fevereiro de 0012 a.C.

31 dias .... 01 a 31 de janeiro de 0012 a.C.

09 dias .... 22 a 31 de dezembro de 0011 a.C. ........... 91 dias

730 dias desde a concepção até o decreto de Herodes mandando matar todos os meninos com menos de dois anos de idade, conforme o tempo do qual, com precisão se informara dos magos (Mt 2:7,16).

Os judeus contavam a idade de uma pessoa desde a concepção.

Jesus, em 31 de dezembro do ano 0011 a.C. completou dois anos de idade, desde a sua concepção. Mas, se contarmos a idade desde quando veio a luz (nascimento), então, Jesus, ao ser visitado pelos "magos" tinha 15 meses ou um anos e três meses.

Um dia e meio antes da visita dos "magos" a Jesus, Vênus estava entre a Terra e o Sol. Este fenômeno chama-se "conjunção inferior" e acontece a cada oito anos.

80 dias antes do nascimento de Jesus, em 11 de outubro do ano 11 a.C., o cometa Halley estava em conjunção com Vênus e Terra.

O período da órbita da Halley ao redor do Sol é em torno de 76,8 anos, ou seja, é visto da terra, a olho nu, no seu ponto mais perto da terra a cada 76,8 anos.

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JESUS NASCEU NUMA ESTREBARIA

NESTE DIA NÃO RECEBEU NENHUM PRESENTE

E NEM VISITAS DOS 'MAGOS'

Jesus nasceu em Belém, numa estrebaria, seis dias antes da Páscoa (Lc 2:41,42 Jo 12:1-5).

Realizava-se então o primeiro censo na Palestina; José e Maria estavam ali, em Belém, para alistar-se.

Esta alistagem não era uma coisa demorada, a ponto de entulhar uma cidade, além do que, este censo deve ter sido executado por um ano inteiro, bem ao contrário da festa de Páscoa que é o que acontecia nesta ocasião e que durava onze dias.

No ano 13 a.C. quando Jesus nasceu a Páscoa coincidiu com o recenseamento.

Não há incoerência entre as narrações de Lucas e Mateus a respeito do nascimento de Jesus:

Lucas descreve este nascimento e a residência inicial e provisória de Jesus numa estrebaria de Belém (Lc 2:1-8).

JESUS QUANDO TINHA 19 MESES RECEBEU OS 'MAGOS'

E MARIA E JOSÉ, RECEBERAM OURO, INCENSO E MIRRA

PARA CUSTEAR A SUA FUGA PARA O EGITO

Mateus está enfocando a visita dos “magos” a Belém para adorar a Jesus que residia naquele tempo, numa casa.

Jesus, por ocasião da visita dos "Magos" tinha dezenove meses; menos de dois anos portanto, e pelo decreto de Herodes tinha que ser morto.

Mateus Informa-nos ainda, de que Jesus tendo nascido em dias do rei Herodes, sem precisão de data, portanto, foi aclamado pelos magos como sendo o rei dos judeus.

E depois os seus pais fugiram com Jesus para o Egito, e lá ficaram por cinco ou seis anos.

Os "magos" patrocinaram os custos financeiros dessa fuga e estadia, ao darem a sua OFERTA a Jesus (Mt 2:11). Portanto, não foi presente que deram, mas oferta.

Mateus por oito vezes classifica Jesus de menino, neste capítulo (Jesus tinha então, 19 meses, como provamos abaixo) (Mt 2).

Quirino e o ano do nascimento de Jesus

Lucas diz que Jesus nasceu quando Quirino era governador da Síria. Quirino era uma alcunha dada a Rômulo, rei de Roma,

747-715.

Plutarco reconhecia que o nome Quirino também significava Marte.

Muitos proeminentes cidadãos do império romano utilizaram-se desta alcunha “Quirino”.

Segundo alguns historiadores, Quirino, antes de ser governador na Síria em 6 d.C. (Lc 2:2), foi adido militar romano na Judeia entre 14 a 13 a.C. e ajudou o rei Herodes o Grande a fazer o primeiro recenseamento ou inventário populacional em Israel.

Neste tipo de recenseamento “census” as pessoas tinham que dirigir-se as suas cidades natais.

Diferente, portanto, do “cens” que era um cadastramento fiscal em que se cobrava o imposto nos locais onde as pessoas residiam, e não importava se tinha ou não nascido nelas, como foi o caso quando Jesus e Pedro pagaram este imposto “cens” em Cafarnaum (Mt 17:24-27 , 22:15-22).

Nem César Augusto, nem Herodes, nem Quirino governador da Síria, ocupados que estavam na gestão do Estado, iriam se envolver em tarefas menores, como um recenseamento; mas, Quirino enquanto adido militar tinha condições para isso.

O historiador Flávio Josefo diz que tão logo Quirino promoveu o cens ou cobrança de imposto na Judeia, em 6 d.C., explodiu levantes de vários grupos judaicos, entre eles o de Teudas e seus quatrocentos homens e o de Judas Galileu (At 5:36,37).

Por causa disto, Arquelau foi deposto e sua tetrarquia passou à administração direta de Roma, que a governou através de procuradores; e o primeiro nomeado foi Copônio em 6 d.C.

Quirino foi governador em 6 d.C. e não podia ter havido um inventário populacional, pois a Judeia estava num caos.

Além disto, Herodes o Grande, e não o tetrarca Arquelau, era o rei da Judeia (Lc 1:5, Mt 2:1).

Com base neste census, ou inventário populacional, ocorrido entre o ano 14/13 a.C. o rei Herodes teve condições de saber quem tinha menos de dois anos de idade em Belém (Mt 2:7,16).

Justo Pérez de Urbel, 1895-1979, beneditino, professor de História Medieval na Universidade de Madrid, diz em seu livro

“Nascimento de Cristo” que Sulpício Quirino, segundo os anais de Tácito, foi duas vezes governador da Síria, e o seu primeiro consulado se deu em 12 a.C. - Quirino foi preceptor de Gaio César, sobrinho do imperador César Augusto.

Quirino foi valente guerreiro, combatendo os rebeldes homônades e vingando a morte de Amintas (37-25 a.C.), tetrarca da Cilícia (que fazia parte do legado da Síria).

Quirino foi governador na Armênia e prestou inestimáveis serviços ao Império.

Tertuliano, cristão de Cartago, foi notável jurista em Roma, além de historiador e diz em seus livros, que este recenseamento efetuado quando Jesus nasceu, ocorreu no legado de Cêncio Saturnino, na Síria, entre 8 a 6 a.C.

Não há registros de insurreição em Israel, entre 20 a 6 a.C., até porque ninguém era louco o suficiente, para enfrentar o sanguinário e tirano rei Herodes o Grande.

Depois disto, com a morte de Herodes, houve desordens e insurreições em Israel, entre 6 a.C a 6 d.C.

Não seria por isso recomendável fazer-se um census, recenseamento populacional, em que todas as pessoas teriam que se deslocar por Israel a fim de irem se alistar em suas cidades natais.

Tão logo Herodes morreu em 6 a.C. os seus filhos foram à Roma pleitear as suas heranças, junto ao Senado e ao Imperador.

Houve um interregno de dois anos, entre o pleito, julgamento, e o cumprimento deste julgamento.

Neste tempo estabeleceu-se a desordem em Israel.

Varo, governador da província romana da Síria, veio à Judeia, pouco depois da morte de Herodes, para abafar um levante, e o fez com tamanha crueldade e tenacidade, que não hesitou em crucificar dois mil revolucionários em Jerusalém.

E dispersou o restante com muita matança.

Em 4 a.C. Arquelau, filho de Herodes, assumiu o governo de sua tetrarquia na Judeia.

Diz o texto bíblico que José temeu pela segurança de sua família quando voltou do Egito, por causa da desordem reinante em Jerusalém, entre 6 a 4 a.C.

Por isso não ficou em Belém, que distava 30 km de Jerusalém e foi para Nazaré na Galileia, distante uns 120 km (Mt 2:19-23).

É dito neste texto (vs.22) que José temeu a Arquelau, que governava a Judeia em lugar de seu pai Herodes.

Se fosse assim, José também deveria temer ir para a Galileia, pois ali governava Herodes Antipas, que era também filho de Herodes o Grande.

José e Maria vieram de Nazaré na Galileia para Belém, e em Belém lhes nasceu Jesus (Lc 2:4).

Logo, o que José fez quando retornou do Egito foi simplesmente voltar para a sua residência antiga em Nazaré, até porque sendo uma cidade pequena e interiorana, estava menos suscetível as desordens e rebeliões sócias que estavam ocorrendo.

A matança dos inocentes

O rei Herodes, o Grande, tendo consultado os principais sacerdotes e os escribas judeus, ficou sabendo que o rei dos judeus que livraria Israel de todos os seus inimigos nasceria em Belém de Judá, e para lá encaminhou os magos, sob o compromisso de eles voltarem a Jerusalém e o informar a respeito deste menino-rei.

Os magos seguiram para Belém e vendo a “estrela de Jesus” (Vênus) indicando onde estava o menino, alegraram-se com intenso júbilo.

Entrando na casa viram o menino com Maria, sua mãe, adoraram-no e presentearam-no com ouro, incenso e mirra.

Depois, advertidos divinamente em sonhos, não voltaram à presença de Herodes, conforme o combinado, e regressaram à sua terra, o Oriente, por outro caminho.

Herodes enfureceu-se e mandou matar todos os meninos de Belém e arredores, que tivessem menos de dois anos de idade (Mt 2:1-16).

Esta atrocidade de Herodes em trucidar a mais de mil meninos de Belém, tem muito a ver com o seu paganismo, além de seu caráter truculento.

Herodes era idumeu (pagão) e se converteu ao judaísmo por conveniências: continuou e incentivou o culto ao imperador romano e cultuava os astros e todas as milícias celestes, e com isso, continuou atolado no misticismo e superstição de toda a ordem.

Neste ano, em 15 de fevereiro do ano 11 a.C. (mais ano zero), aconteceu o ciclo octogonal de Vênus e Terra, na conjunção inferior, e também a passagem do cometa Halley, em outubro do ano 11 a.C.; e isto era um mau presságio de péssimos acontecimentos a vir em breve, para os místicos, como o rei Herodes (o grande).

Os governantes pagãos costumavam “aplacar a ira” desses deuses-astros com sacrifícios humanos.

Em Canaã sacrificavam-se crianças que eram queimadas no interior das estátuas de Moloque e Tofete. (Lv 18:21, 2Rs 23:10, Jr 7:31 e 32:35).

Também faziam guerra a seus inimigos, e reis mandavam assassinar os seus inimigos pessoais, como foi o caso de César Augusto em 43 a.C. que executou os inimigos que participaram do assassinato de Júlio César (nesta ocasião aconteceu houve um ciclo octogonal de Vênus/Terra, e Vênus ou um astro muito brilhante com cabeleira cruzou os céus de Roma).

O imperador Nero, em 66 d.C. por ocasião da passagem do cometa Halley mandou executar alguns nobres da corte romana, aconselhado que foi por seu astrólogo Balbilus, a fim de contornar a ameaça de um mau presságio.

Também o rei Herodes não escapou destas superstições, e mandou trucidar os meninos de Belém, aproveitando-se da motivação menor que era a de eliminar um rival ao seu trono, o menino Jesus.

Se esta morte do menino-rei fosse a verdadeira intenção de Herodes, bastava que alguém de sua confiança fosse a Belém, acompanhando os magos, e ali, eliminasse de vez com aquele rival indefeso.

Esta matança de Herodes (idumeu) parece-se muito com a matança que Faraó (rei da coligação dos hicsos, dos quais os idumeus faziam parte) ordenou de todos os meninos recém-nascido dos hebreus, e entre estes meninos estava Moisés, em 1523 a.C. quando aconteceu um ciclo octogonal de Vênus/Terra (Êx 1:22).

Concepção e nascimento de Jesus

O nono mês da gestação de Jesus se completou em 08 de abril,do nosso calendário, seis dias antes da Páscoa do ano 12 a.C. (mais ano zero), dia em que Jesus veio à luz.

Os judeus contavam os anos da idade de uma pessoa a partir da sua concepção.

O nascimento de Jesus foi numa estrebaria em Belém (Jo 12:1-5, Lc 2:41,42), em 08 de abril do ano 12 a.C. e nesta ocasião se realizava um recenseamento na Palestina.

E quando tinha dezenove meses de vida, em 15 de fevereiro do ano 11 a.C. (mais ano zero) ele foi visitado e adorado pelos magos numa casa em Belém, guiados que foram os magos pela estrela de Jesus.

Vênus, a brilhante Estrela da Manhã é esta estrela de Jesus

(Mt 2:2,7,10, Ap 2:28 , 22:16, Nm 24:17, Jó 38:6,7).

COMETA HALLEY

Em Roma (e também na Palestina), registrou-se a passagem do cometa Halley durante as três primeiras semanas de outubro do ano 12 a.C., destacando-se que foi muito brilhante esse cometa.

Foi visível mesmo durante a lua cheia em 4 de setembro e 3 de outubro de 12 a.C.

Nos registros chineses os astrônomos assinalaram a presença do cometa Halley na constelação de Gêmeos em 25/08/0012 a.C.

Plotino transcreveu em "Harmonia" o pensamento de Amónio Sacas, filósofo grego de Alexandria (175-242) que afirmava que Jesus vivera sete anos no Egito, desde que seus pais fugiram para lá por temerem a Herodes.

Tão logo Herodes morre, no final do ano 5 a.C., eles retornam pra Judá.

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FIM DOS TEMPOS: O ENCOBERTO DESCOBERTO

várias páginas deste livro podem lidas no site abaixo:

serhttps://www.recantodasletras.com.br/autores/darciubirajara

contatos por e-mail: darcijara@yahoo.com.br

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Darci Ubirajara
Enviado por Darci Ubirajara em 24/10/2010
Reeditado em 11/06/2021
Código do texto: T2576151
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