Em busca de notoriedade

Sabe-se que no reino animal a competitividade é um fator que garante as espécies melhores oportunidades de sobrevivência. Alguns animais instintivamente se fazem territorialistas para garantir em seu habitat melhores taxas de suprimentos; ou seja, tentam garantir sua vida e de sua prole.

Restringindo esse conceito a espécie humana percebe-se um outro tipo de conduta. A mentalidade essencialmente capitalista no mundo ocidental, produz nos indivíduos mais do que a simples noção de competividade; diferente dos outros animais o homem não tem apenas a perspectiva de sobrevivência. O homem busca o poder e o seu reconhecimento pelos outros indivíduos...

O homem que tanto alardeia sua superioridade sobre os outros animais, fruto de sua capacidade de abstração, encontra nesse quesito a sua desgraça. Não são só os instintos. O homem também é escravo dos seus desejos. Surge nesta temática um paradoxo; como saber se seus desejos são legítimos ou artificiais, se na maioria das vezes nem se da conta desta problemática.

Em uma sociedade imbecilizada pelo narcisismo, os indivíduos se tornam fáceis presas de publicitários que exploram a fraca estrutura psicológica de seres que buscam satisfações imediatas; uma espécie de válvula de escape de suas maiores dúvidas existênciais?

Assim procuramos no campo puramente material obter bens para que nos logrem convencer aos outros e principalmente a nos mesmos o quanto somos bons. Procura-se merecer respeito de outros mesmo que nem se entenda ao certo o significado disso.

Cleiton Bispo
Enviado por Cleiton Bispo em 08/10/2006
Reeditado em 08/10/2006
Código do texto: T259145