“Nossas” prostitutas não são piores que as “deles”

O Brasil vem constantemente sendo apontado como um lugar onde o sexo se tornou uma ferramenta de trabalho muito comum, por causa dos crescentes números de desempregados e dificuldades econômicas, apesar dos índices evidenciarem uma pequena queda no índice de desemprego, muitas pessoas ainda não têm como sobreviverem em nosso país.

Recentes estudos ingleses, apontam uma crescente entrada de jovens universitárias em Londres, em funções voltadas a prática do sexo, isso ocorre para que elas possam custear seus estudos, que desde 1998 vêm tendo um aumento significativo em suas matrículas e manutenção, fazendo assim com que a maioria das estudantes não consigam permanecer nas universidades. Embora haja outras formas de ocupação, como garçonetes, baby-sitters, entre outros, nenhuma dessas trazem os lucros que o mercado sexual lhes proporcionam, como também tempo disponível para que elas se dediquem aos seus cursos .

O psicólogo, Ron Robert, responsável por essas pesquisas, ainda afirma que de 2000 para cá, um grande número de estudantes, 50% passam por esses problemas devido as suas dificuldades econômicas. Este mercado vem tendo uma alta muito grande no bolso dos britânicos, cerca de 800 milhões de euros são destinados à prostituição neste país, quase o equivalente que é gasto pelas idas e vindas ao cinema.

As jovens brasileiras geralmente se voltam a este tipo de prática por causa do seu difícil acesso ao mercado de trabalho, como também por causa da desarticulação familiar que é fato no Brasil.

Muitas garotas saem de casa por correntes muitos motivos que não só o econômico e isso vêm ocorrendo muito precocemente, o que torna o problema ainda mais agravante, e assim passam a se integrarem a este grupo que cresce mais e mais a cada dia.

Pelo menos, “elas”, as britânicas têm alternativas...

Matéria de 08/10/06 - Agencia EFE