O E-BOOK

O E-BOOK

Por Aderson Machado.

Com o avanço cada vez maior da tecnologia e o consequente surgimento da internet, livros inteiros já podem ser baixados nos computadores, daí a preocupação de alguns com relação à extinção do livro tradicional, ou seja, do livro impresso.

Acontece, porém, que nem todo mundo dispõe de um computador ou, por outra, não pode comprá-lo. Por isso, sou de opinião de que o livro impresso – que pode ser conduzido facilmente para qualquer lugar – ainda vai perdurar por muito tempo.

A propósito desse fato, podemos fazer uma analogia com relação ao binômio rádio-televisão. Pois bem, quando surgiu a televisão, nos anos 50, muitos pensaram que o rádio já era. Ledo engano. Já se passaram cinco décadas, e o rádio continua firme e forte, isto é, rádio e televisão coexistem, pacificamente, cada um com o seu devido espaço. E eu diria, ainda, que o rádio se fortaleceu mais e mais com o surgimento, nos anos 80, das emissoras tipo FM. Assim, não há previsão alguma para a extinção do rádio. Felizmente.

Da mesma forma podemos prever que não há como o E-book substituir, em curto ou médio prazo, o livro escrito, pois, caso contrário, as editoras e donos de gráficas iriam para o beleléu.

Por ocasião do 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba, realizado em João Pessoa/PB, no período de 20 a 28/11/2010, tive a oportunidade de assistir às palestras do renomado professor Pasquale Cipro Neto e do conceituado crítico literário paraibano Hildeberto Barbosa Filho, e ambos se posicionaram contrários à extinção do livro impresso, o qual podemos tateá-lo, folheá-lo, cheirá-lo e conduzi-lo, como já disse, para qualquer lugar, sem dificuldade alguma. Tanto é assim que existem os chamados livros de bolso, o que facilita mais ainda a sua condução.

Já com relação ao E-book seria preciso que a pessoa andasse acompanhada de um computador, notebook, ou coisa que o valha. Na minha modesta opinião, isso seria uma coisa bem mais complicada do que se levar um livro no bolso.

Ademais, para quem tem problema de visão, é mais confortável ler um livro de papel do que lê-lo na tela de um computador. É o meu caso, pois não consigo passar muito tempo visualizando a tela de um computador, muito menos para ler um livro. Na verdade, eu costumo usar o computador enquanto instrumento de trabalho, não como instrumento de laser. Esse é um fato.

Portanto, estou inserido no rol daqueles que não querem que o tal do E-book venha substituir o nosso tradicionalíssimo livro impresso. Não sou contrário, todavia, àqueles que preferem o E-book, principalmente os nossos jovens. É uma opção deles.

Sou de uma geração que se acostumou a ler livros impressos, e tenho plena convicção de que durante os dias que me restam eu não irei mudar o meu pensamento a respeito.

E ponto final.

Aderson Machado
Enviado por Aderson Machado em 29/11/2010
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