CRISES

A palavra crise é talvez a mais citada quando há mudanças comportamentais na sociedade, e não me refiro à crise de saúde física. Refiro-me à crise moral Crises outras, sempre as houve. Mas quanto à crise moral ou à falta desta, as coisas são mais delicadas e perigosas. Quando o homem perde o senso de moral, princípios éticos e religiosos a coisa torna-se mais séria.

Os grandes impérios, famosos pelo seu poderio bélico, começaram a ruir quando contaminados pelo vício, e o dicionário é bem explícito na sua tradução da palavra vício: defeito pelo qual uma pessoa ou uma coisa se afasta do tipo considerado normal, ficando mais ou menos inapto a cumprir determinado fim; libertinagem; desmoralização, etc.

Dizem que Roma, uma das maiores potências que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo.

Poderíamos citar muitos casos, mas, mas vamos nos limitar apenas a dois, que fim e ao cabo convergem para a imoralidade, e envergonham uma nação dita civilizada.

Em primeiro lugar quero o 11° BBB, que é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. O Pedro Bial prometeu um “zoológico” mas, os animais tem comportamento bem mais digno que certos protagonista do triste espetáculo. Esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Veja o que está por detrás do Big Brother Brasil. José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Repito, oito milhões e setecentos mil reais.

Já imaginaram quanto podia ser feito com essa quantia se dedicada a programas de inserção social?

Minha amiga, meu amigo, se não tiver outra coisa para fazer, que tal ler um livro, um poema, ouvir boa música, brincar com as crianças... ou simplesmente vá dormir.

Em segundo lugar, quero me referir à crise de valores reinante no seio dos poderes Legislativo e Executivo, que tem obrigação moral de dar o bom exemplo ao povo carente. Sobre este assunto nada mais é preciso acrescentar, tantas são as vozes que já se levantaram para desnudar a mazela moral que lavra nos altos escalões e nos envergonha enquanto homens civilizados.

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 01/02/2011
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