Tapinha nas Costas, a Equivocada Diplomacia

Aprecio a atitude que mantém o gesto de amizade, de apoio, comprometimento, cumplicidade e todos estes substantivos que sabem aos elos verdadeiros, comportamento possível não importa onde e com quem estejamos, afinal aqui só é final do mundo para quem não acredita em eternidade.

As relações andam perigosamente de mãos dadas com uma equivocada diplomacia, em que as pessoas civilmente se calam frente a atos falhos e compactuam passivamente com atitudes omissas e com o usufruto acintoso do que é coletivo.

As pessoas confundem o politicamente correto, na maioria das vezes nem tão correto assim, com estratégia para agradar ao fulano e ao beltrano, por que é influente, por que é isso e aquilo outro.

Acontece que puxa saquismo e idolatria mutila nossa capacidade de mover os músculos do cérebro e arregaçar as mangas da inteligência e acabamos por não exercitar as alternativas que plenificam o exercício da boa conduta na busca de resultados pelo esforço legítimo.

A cultura da Lei do Gerson, do vamos nos dar bem a qualquer preço, dar um jeitinho em tudo, afinal somos brasileiros e brasileiro é esperto. De tanto dar jeitinho estamos comprometendo a geração que parimos e ainda nos damos ao disparate de ensinar ética a estes futuros cidadãos.

Somos agentes de mudança, eis o valor do privilégio de termos um teto, uma educação, um emprego, uma família, saúde, os membros funcionando. Para ser cidadão não basta ter carteira de identidade, temos que fazer a nossa parte, chega de esperar e alimentar indevidamente este enorme ecossistema político de más praticas que depredam a mais ínfima razão de ser da existência.

Não são apenas os outros que devem fazer, somos NÓS. E isso é um exercício que começa todos os dias.